Na manhã desta quinta-feira (26), o abastecimento de combustíveis foi normalizado em Formiga, assim como em boa parte do país.
Os caminhões, que abastecem os postos, conseguiram chegar à cidade, após o final da paralisação. A greve chegou ao fim após o governo conseguir, na Justiça, a liberação das rodovias federais e também entrar em acordo com a classe. Os bloqueios continuam em algumas partes do país, e são realizados, principalmente, por caminhoneiros autônomos.
Na noite de terça-feira (24), o medo de ficar sem combustível fez com que motoristas da cidade formassem imensas filas nos postos. Na manhã de quarta-feira, as filas continuaram e por volta do meio dia os combustíveis haviam acabado em todos os postos da cidade.
Paralisação
A paralisação teve início no domingo (22), quando os caminhoneiros interditaram as rodovias federais em seis estados. Eles manifestavam contra o aumento do diesel e do baixo valor do frete.
Na quarta-feira (25), o governo conseguiu na Justiça a liberação de todas as rodovias. As decisões judiciais impedem os motoristas de fecharem todas as rodovias federais de Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Ceará, e em 14 municípios de outros cinco estados ? Paraná, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Os juízes fixaram multas que variam de R$1 mil a R$50 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar as pistas.
Como as decisões se referem apenas às rodovias federais, em alguns estados, os caminhoneiros têm mantido fechados trechos de estradas estaduais. Em Minas Gerais os manifestantes interditaram a BR-494, que é de jurisdição da PMR. Na MG-050, os caminhoneiros passaram a fechar quatro pontos diferentes da rodovia. De acordo com a concessionária Nascentes das Gerais os manifestantes se dispersaram nesta quinta-feira e não há mais nenhum ponto de protesto na rodovia. Já no sul do país caminhoneiros têm mantido fechados trechos de estradas estaduais.
Acordo
Para por um fim nas paralisações, o governo se comprometeu a sancionar sem vetos a ?Lei dos Caminhoneiros?, aprovada pela Câmara no dia 11 e a não reajustar o preço do diesel nos próximos seis meses.
O anúncio foi feito pelo secretário-geral da Presidência, ministro Miguel Rossetto, após reunião com os representantes dos caminhoneiros na tarde de quarta-feira (25) em Brasília. O ministro disse ainda que empresários e motoristas elaborarão uma tabela para definir os preços do frete.

Com informações do portal G1

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