Em 2009, um ano após a crise de 2008 dos EUA, o Brasil estava em franco crescimento e o otimismo tomava conta do povo e da mídia nacional. As manchetes de revistas e jornais anunciavam a chegada de dólares de investidores, o vigor dos índices diários da bolsa de valores, recordes de carteiras assinadas, pleno emprego etc., e não se vislumbrava outro horizonte a não ser o de crescimento.

Agora, em 2015 e 2016, justamente quando a economia americana começa a apresentar melhoras, o Brasil vive uma grande crise econômica, com as manchetes anunciando demissões, desemprego, inflação, aumento de juros, queda da bolsa de valores, etc., e também não se vê outro horizonte a não ser o de uma grande crise.

Em 1924 Kondratiev apresentou a sua teoria sobre ondas longas, conhecido como ciclo de Kondratiev, com uma fase ascendente e uma descendente de crescimento econômico. Quer dizer, o capitalismo reveza fases de crescimento com fases de recessão econômica.

Spencer Johnson, autor do livro “Picos e Vales”, faz explanação do fato do ser humano ter picos e vales, seja no campo profissional ou mesmo na vida pessoal, com os picos e vales conectados e interligados. Assim, os erros que cometemos nos momentos bons de hoje, criarão os maus momentos de amanhã, e também as coisas sábias que fazemos nos momentos maus de hoje, criarão os bons momentos de amanhã. A saída mais rápida de um vale ocorre quando a pessoa deixa de concentrar tanto em si mesmo e presta um melhor serviço no trabalho e é mais amorosa na vida.

Pelo acima, é possível perceber a dificuldade que temos de vislumbrar o amanhã e somente enxergar o horizonte a partir da realidade atual, boa ou ruim.

Nos momentos bons, no aspecto econômico, os agentes econômicos (consumidores, trabalhadores, empresas, etc.) e o governo deveriam investir em condições propiciadoras de um futuro melhor, garantindo melhor infraestrutura, saúde, educação e maiores reservas financeiras para suportar o futuro incerto. As pessoas também deveriam aproveitar, em sua vida pessoal, os momentos bons para garantir bons relacionamentos, fazer cursos e fazer boas ações.

Agora, nos momentos ruins, no aspecto econômico, deve-se sempre ter a calma e a certeza de ser uma situação transitória, na qual deve-se ser prudente na utilização dos recursos econômicos e obter a maior quantidade possível de conhecimentos e contatos para garantir um futuro melhor. Na vida pessoal, os momentos ruins servem para analisar o que erramos e definir o que precisamos melhorar.

 

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