A greve dos funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Formiga completa 57 dias nesta quarta-feira (2) sem previsão de término. A paralisação afeta, principalmente, quem está tentando conseguir a aposentadoria, já que as perícias (em casos de afastamento por doença) estão ocorrendo normalmente.

Apenas dois funcionários do órgão estão prestando atendimento à população no município. O número não está de acordo com uma decisão publicada pelo Ministério da Previdência Social que estabelece que 60% dos funcionários de cada agência estejam trabalhando. Em nota, foi informado que os serviços previdenciários são considerados essenciais e uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que 60% dos servidores em cada unidade do INSS fossem mantidos.

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O Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social em Minas Gerais (Sintsprev-MG) representa 12 mil servidores federais no estado.  A entidade afirma que a maioria dos servidores do INSS recebe vencimento básico de R$ 890 e gratificação de 70%.

Além dos servidores do INSS, estão em greve no Estado trabalhadores da Delegacia Regional do Trabalho, do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, da Superintendência Regional da Previdência, da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os trabalhadores vão se reunir em assembleia, nesta quarta-feira (2), em Belo Horizonte.

Mais greve

 

O atendimento nos postos do INSS, já prejudicado pela greve dos funcionários administrativos do órgão, tende a ficar pior a partir de sexta-feira (4), quando terá início a paralisação dos médicos peritos da Previdência Social. O maior impacto será sobre a concessão e a renovação de benefícios por incapacidade, como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez. Mas a greve afetará também outros setores do governo. Entre as exigências da categoria estão reajuste salarial de 27%, além de melhores condições de trabalho. 

Redação do Jornal Nova Imprensa Com agências

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