Neste domingo (13), a redação do jornal Nova Imprensa e do portal Últimas Notícias recebeu uma reclamação por e-mail, cobrando providências.
No texto, a moradora relata que ?há muito tempo que a população de Formiga convive com a inconveniente presença de cães vagando por toda parte da cidade. Estes em sua maioria estão doentes, velhos, com feridas, praticamente se decompondo em vida. Por todos os lados da cidade encontramos 3, 4 ou mais cães que andam em bando, tornando-se um perigo para a população. Primeiro porque não são vacinados, não têm nenhum tratamento, segundo porque passam fome e podem atacar crianças? .
A moradora, que reside no bairro Santa Luzia, conta que, próximo à igreja, encontra-se um senhor que parece não ser muito bem das faculdades mentais, ele recolhe lixo com uma carroça e, atrás dele, ?segue uma matilha de cães fétidos, magros e machucados. Em dias de missa, eles se sentem incomodados com o som das músicas e os uivos deles são insuportáveis? .
Ainda segundo a moradora, a casa desse indivíduo, situada à rua Helena Ribeiro, além de lixo, das fezes dos animais, as cadelas parem e, durante a noite, os ratos comem os filhotes. Os animais morrem e por ali ficam tornando insuportável o cheiro do lugar, conforme relatos dos vizinhos. Diante dessa denúncia, a redação procurou o citado endereço e moradores da referida rua afirmaram que, de fato, o vizinho fica pelas ruas com uma carroça, acompanhado por uma matilha, e confirmaram as informações da denúncia.
Indignada, a moradora comenta que ?qualquer pessoa de Formiga pode notar que a cidade se tornou uma latrina para cães. Temos que andar nas ruas atentos para não pisar em algo indesejável. Como se não bastasse os cães de rua defecando ao ar livre, temos também um hábito que a muitos parece normal, sair do apartamento, do condomínio ou de uma mansão com o cachorrinho de estimação para dar uma voltinha, ou seja, para dar uma defecadinha na rua?.
E a moradora cobra providências, questionando onde está o canil prometido e que nem a Vigilância Sanitária faz nada a respeito, argumenta ainda que ?algo tem que ser feito e rápido, pois já não se trata mais de má administração e sim de falta de humanidade e ética. Pois muitos destes animais foram comprados por algum pai tentando agradar o filho dando-lhe um filhotinho fofinho, mas quando ele cresceu se tornou um estorvo e foi descartado na rua como lixo? .
A moradora termina o e-mail dizendo ?a estas pessoas fica toda a minha revolta e às autoridades competentes fica o meu pedido para que cessem o sofrimento destes animais que se arrastam nas ruas sem comida, casa ou cuidados veterinários? .

Mais cobrança
O vereador Eugênio Vilela/PV fez um pedido de informações na reunião da Câmara Municipal no dia 28 de fevereiro questionando: ?Por que até hoje o canil municipal/centro de zoonoses não foi colocado em funcionamento??. O documento, datado do dia 10 de março, foi encaminhado ao prefeito Aluísio Veloso/PT.

Posicionamento da Vigilância Sanitária
A redação entrou em contato com a coordenadora da Vigilância Sanitária, Fernanda Pinheiro Lima, para apurar o posicionamento do órgão sobre o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), construído na fazenda da Prefeitura, na saída da cidade pelo bairro Engenho de Serra. A obra já está pronta desde outubro do ano passado e a previsão era de entrar em funcionamento em janeiro deste ano, mas até hoje a inauguração da obra continua indefinida.
Fernanda Lima disse que saiu de férias em janeiro e que, quando retornou, foi marcada uma reunião para o dia 4 de março entre ela, o prefeito Aluísio Veloso e a promotora responsável por essa área, mas o prefeito teve que desmarcar o encontro, que foi reagendado para o próximo dia 17. Assim, segundo ela, dia 18 já teria informações mais concretas sobre o funcionamento do CCZ.

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