O formiguense Fernando Couto, de 36 anos, encontrado morto em um apartamento em Buenos Aires, na Argentina, teria sido vítima de intoxicação por gás vazado de um chuveiro. É o que contou ao portal  G1 nesta sexta-feira (29), Marcelo Couto, irmão de Fernando. Ele disse que a mãe, Maria Lílian Soares, recebeu essa informação na noite desta quinta-feira (28), por e-mail enviado pelo Ministério das Relações Exteriores. O Itamaraty ainda não confirmou ao G1 sobre a mensagem. O corpo do formiguense ainda está retido no Instituto Médico Legal (IML) argentino e a família não sabe quando será liberado.

Marcelo Couto contou que o irmão, que estava na capital argentina há 15 dias, havia comentado com a esposa, que ficou no Brasil, sobre um defeito no chuveiro do apartamento que alugou. “Ele disse que vinha tomando banhos frios porque o chuveiro estava com problema. No dia anterior à morte, ele chamou um bombeiro para fazer a manutenção. Durante a noite ele contou que havia acabado de tomar o primeiro banho quente lá. Pelo que tudo indica, à noite houve algum tipo de vazamento de gás e ele inalou tudo isso enquanto dormia”.

O tipo de gás supostamente inalado não foi divulgado. “Segundo as informações que recebemos do Itamaraty, não havia nenhum tipo de sinal de violência. Esse laudo descarta qualquer outra hipótese, como assassinato, latrocínio [roubo seguido de morte] ou suicídio. Meus pais são médicos e disseram que a pessoa que sofre intoxicação por gás não percebe o que está acontecendo. Ela desmaia, sofre parada cardíaca e morre. A gente sabe que foi uma fatalidade”, explicou Marcelo.

 Procedimentos para liberação

Nenhum parente de Fernando Couto foi à Argentina após a morte dele. A família aguarda informações do Itamaraty sobre quando viajar para reconhecer o corpo.

“Já providenciamos toda a papelada que o Ministério das Relações Exteriores nos pediu. Eles nos disseram que o corpo deverá ser liberado até quarta-feira (4). Provavelmente não traremos o corpo ao Brasil. Estamos avaliando a possibilidade de cremar lá na Argentina mesmo, mas pode ser que não façamos isso. Vamos continuar aguardando novas orientações”, disse o irmão.

Procurado pelo portal G1 na tarde desta sexta-feira, o Itamaraty ainda não respondeu sobre o e-mail que a família de Fernando Couto afirma ter recebido. O órgão responsável por intermediar relações entre brasileiros e órgãos sediados em outros países tem feito a ponte de comunicação entre a família e os investigadores.

 

Fonte: G1||http://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2016/04/laudo-aponta-que-brasileiro-morto-na-argentina-inalou-gas-diz-familia.html

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