A maioria dos brasileiros acima do peso não sabe que está obesa. É o que revela pesquisa da Allergan, em parceria com as associações Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso) e Nacional de Assistência ao Diabético (Anad) e a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed). O estudo revelou que 93,5% desconhecem o seu Índice de Massa Corporal (IMC) ? cálculo que permite averiguar se o paciente está com peso normal, sobrepeso ou obesidade. Mas, quando o cálculo foi feito, a maioria (64,2%) foi classificada como obesa.
?Às vezes o sujeito sabe que está gordo, mas, como desconhece o IMC, muitos acabam não sabendo que já estão a caminho da obesidade e com riscos de desenvolver doenças, quando, na verdade, poderiam já estar em alerta para começar a fazer algum tratamento?, afirma o presidente da Anad, Fadlo Fraige Filho.

A pesquisa foi realizada com mil pessoas acima do peso, com idade média de 39 anos, das cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Salvador para avaliar o conhecimento, as motivações e a eficácia dos tratamentos contra a obesidade.
Os pacientes também ignoram que a obesidade, por si só, é uma doença crônica. Cinquenta e cinco por cento dos obesos disseram acreditar que a obesidade é uma consequência de outras doenças. ?A obesidade é uma doença crônica, e outras enfermidades são causadas pelo excesso de peso, e não o contrário, como os pacientes acreditam?, questiona Mario Carra, presidente da Abeso.
Dos entrevistados, 49,9% tinham histórico de sobrepeso ou obesos na família, e 36,7% apontaram o estresse como um dos fatores que mais contribuíam para que o problema aumentasse. O trabalho também foi citado por 24,6% dos participantes. A pesquisa revelou ainda que 48% possuem algum problema de saúde. Os mais citados foram a hipertensão (60,1%), a dislipidemia (gordura no sangue 33,4%) e o diabetes (21,1%).
Tratamentos
A grande maioria dos entrevistados já realizou um ou mais tratamentos para emagrecer. Dentre eles, os exercícios físicos foram os mais mencionados (70%). Outros 56% fizeram dietas restritivas e 26% admitiram que já fizeram uso de medicamentos para emagrecer.
Dos entrevistados, 72,9% disseram acreditar em tratamentos preventivos para o sobrepeso e a obesidade, sendo que 64,8% mencionaram a dieta alimentar e 51%, as atividades físicas como mais eficazes.
Nota
De uma escala de 1 a 10, a cirurgia bariátrica obteve nota de 7,1 e o balão ficou com 5,5, enquanto os medicamentos para emagrecer tiveram pontuação de 5,2. No entanto, o método considerado mais eficaz para perder peso foi a atividade física, com nota média de 8,5, seguida das dietas restritivas, com 7,5.

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