O trânsito foi menos violento em Minas Gerais no ano de 2015, com melhoras em vários parâmetros. O número geral de acidentes foi de 275.965, 6,8% menor do que em 2014, que teve 295.965 casos. O número de mortes recuou 15,5%, de 2.381 em 2014 para 2.041 no ano passado. Seguiram a mesma tendência a estatística de acidentes com pelo menos uma vítima fatal, de 2.663 para 2.251 (-14,3%); e ocorrências com pelo menos uma vítima grave ou inconsciente, de 13.460 para 12.239 (-9,1%).

Os resultados estão no Diagnóstico de Acidentes de Minas Gerais 2014-2015, produzido pelo Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds) da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

O estudo, que se baseia nos Registros de Eventos de Defesa Social (Reds), traz uma contribuição para o movimento Maio Amarelo, ao listar perfil de vítimas, escalas de causas presumidas, de vias e de municípios com maior incidência de registros.

O conteúdo integral do diagnóstico pode ser consultado no site da Seds: www.seds.mg.gov.br, na aba ‘integração/estatísticas/estatísticas de trânsito.

Entre as vias urbanas, destaca-se a queda de 26,1% nas mortes em acidentes de trânsito no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, de 36 vítimas em 2014 para 26 no ano passado. Entroncamento das rodovias BR-040, BR-381 e BR-262, o Anel seria a terceira estrada com maior número de acidentes não fosse considerado uma via urbana totalmente contida no território da capital.

Entre as vias intermunicipais, a rodovia MG-050 liderou o número de mortes em acidentes de trânsito, com 46 vítimas em 2015, contra 34 em 2014, com alta de 12,4%. A maior incidência foi verificada no trecho que corta o município de Divinópolis. Em segundo lugar, aparece a Rodovia BR-381, com 28 mortos, contra 59 em 2014, o que representou uma queda de 37,4%. A maior concentração de acidentes nessa estrada se deu no trecho compreendido pelo município de Ipatinga.

Em números absolutos, o ranking de mortes no trânsito para os municípios do Estado com mais de 200 mil habitantes em 2015 foi o seguinte, em ordem decrescente: Belo Horizonte, com 147 vítimas fatais; Uberlândia, com 51; Juiz de Fora, com 41; Montes Claros, com 39; Contagem, com 36; Betim, com 26; Governador Valadares e Uberaba, com 23 cada um; Divinópolis, com 17; Sete Lagoas e Santa Luzia, com 16 cada; Ipatinga, com 12, e Ribeirão das Neves, com 13.

Contudo, quando se considera a proporção de mortes em acidentes de trânsito em relação à população, expressa pela taxa de vítimas por 100 mil habitantes, a ordem se altera significativamente. Em 2015, o ranking de incidência de mortes no trânsito foi liderado por Montes Claros, com taxa de 9,89; seguido por Governador Valadares, 8,26; Uberlândia, 7,7; Santa Luzia, 7,4; Juiz de Fora, 7,38; Divinópolis, 7,36; Uberaba, 7,14; Sete Lagoas, 6,89; Betim; 6,23; Belo Horizonte, 5,87; Contagem, 5,55; Ipatinga, 4,66, e Ribeirão das Neves, 3,1.

Com base em dados do Denatran, o diagnóstico aponta um aumento de 4,67% na frota veicular circulante no Estado de Minas Gerais em 2015. O número de veículos aumentou em 440.790 unidades, saltando de 9.437.008 em 2014 para 9.877.798 no ano passado.

Avaliação das polícias

A Polícia Civil destaca que vem adotando diversas medidas para combater a acidentalidade fatal. “O combate ao crime de embriaguez ao volante e racha, por meio de blitze, nas mais diversas modalidades e fiscalização rigorosa são medidas repressivas realizadas regularmente”, destaca a delegada de Polícia Carla Vidal.

A delegada também ressalta que a instituição adota ações preventivas, via Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran), por meio de campanhas de conscientização para um trânsito mais seguro e efetivação do projeto de mediação restaurativa no trânsito.

 

Fonte: Segov ||

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