A primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira, foi nomeada nesta quinta-feira (28) secretária de Estado do Trabalho e do Desenvolvimento Social pelo marido, Fernando Pimentel (PT-MG).

Ambos são investigados pela Operação Acrônimo.

Com a nomeação, Carolina sai do alcance do STJ, Superior Tribunal de Justiça, foro em que Pimentel estará em julgamento, e passa a ter foro na segunda instância da Justiça, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o que lhe daria maiores opções de recursos, mecanismo garantido pela Constituição do Estado.

Carolina Oliveira é investigada porque sua empresa, a Oli Comunicação, recebeu pagamentos milionários de empresas beneficiadas pelo BNDES durante a gestão de Pimentel como ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior. Há também a suspeita de que ela seja sócia de agência de publicidade, a Pepper, cuja dona oficial, Danielle Fonteles, fechou acordo de delação premiada.

Pimentel já foi indiciado pela PF sob suspeita de corrupção passiva, tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, suposto operador do esquema, está preso em Brasília.

A oposição estuda recorrer à Justiça apontando “desvio de finalidade” na nomeação da secretária.

 

 

Fonte: Veja||

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