Uma mulher, de 63 anos, morreu na tarde dessa segunda-feira (29), por volta das 16h, no Pronto Atendimento Municipal de Formiga. Os familiares afirmam que a pensionista não foi devidamente atendida, o que pode ter provocado a morte dela.
Em entrevista ao portal, o filho da idosa, Rubens da Silva, que trabalha como ajudante geral, disse que chegou com a mãe ao PAM, por volta das 8h30. ?Quando cheguei avisei que ela estava passando muito mal, e que era hipertensa e diabética, mas me avisaram que não tinha médico naquela hora para atendê-la?, comentou o filho de dona Maria Madalena da Silva.
Ele relatou ainda que ela passou pela pré-consulta, mas só foi atendida por um médico por volta de 11h30. ?O médico foi olhar a minha mãe e só a colocou para tomar soro e no oxigênio que eu mesmo fiquei segurando o tempo todo, mas não passou remédio nenhum. Ele sequer sabia dizer o que ela tinha, não pediu exame nem nada?, completou.
Rubens afirma que o médico não voltou a olhar a mãe dele, até que ela começou a ficar cianótica (roxa). ?Nesse momento, eu chamei a enfermeira e aí apareceu médico e especialista para todo o lado, mas era tarde e eu perdi a minha mãe?, finalizou o ajudante geral, que garante que entrará com uma ação contra o Pronto Atendimento por negligência.
Alguns familiares da idosa estiveram no local, uns desesperados pela perda e sem entender como Maria Madalena acabou morrendo tão rápido.
A redação do portal entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura para mais informações sobre o ocorrido, mas não obteve resposta.
Atualizando
Às 17h55, a pasta enviou à redação, a seguinte nota.
?A paciente chegou ao PAM às 8h54 e foi atendida pelo médico às 11h15. A paciente tinha 63 anos, era diabética e foi levada ao Pronto-Atendimento devido a dores no joelho e na perna direita. Ela estava acamada havia mais de um mês devido a uma queda. Ao dar entrada no PAM, sua pressão arterial estava dentro da normalidade. Pelo Protocolo de Manchester, diante de um quadro como o apresentado, o prazo para atendimento é de até duas horas. A paciente recebeu todo o acompanhamento de enfermagem necessário.
Depois de atendida pelo médico plantonista, realizados os exames (incluindo um eletrocardiograma) e definido o diagnóstico, com o auxílio de um cardiologista, ela foi devidamente medicada conforme o diagnóstico apresentado: tromboembolia pulmonar. Sua vaga, inclusive, já havia sido reservada no CTI (Centro de Tratamento Intensivo), porém a paciente não respondeu à medicação e veio a óbito.
Sobre a ausência de médico no momento em que a paciente deu entrada, a direção do PAM vai oficiar a Secretaria de Saúde, para que o órgão tome as providências cabíveis em relação à Santa Casa de Caridade, contratada para manter médicos no Pronto-Atendimento?.

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