Desde maio de 2014, Formiga tem arcado com os gastos mensais de R$17 mil (R$0,25 por habitante) referentes à participação do município no Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cisurg) responsável pela implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Centro-Oeste de Minas. Quase R$450 mil investidos sem nenhum retorno.

Para piorar, pela terceira vez, o Estado adiou a inauguração do serviço e em Formiga, a obra na base que precisa estar pronta para que o Samu entre em operação, sequer começou.

Em maio, a Prefeitura divulgou que uma parte do imóvel que sedia o Departamento de Estrada e Rodagem (DER) seria utilizada para receber a base do Samu, mas que obras deveriam ser realizadas para adequar o espaço. No dia 23 do mesmo mês, em regime de urgência, a Câmara aprovou o projeto de lei que autorizava a abertura de crédito especial no valor de R$35 mil para as obras.

Nesta semana, a par de que os trabalhos no DER não começaram, o jornal buscou informações junto à administração que explicou por meio de nota que “a Prefeitura reservou um espaço no DER para abrigar a base do SAMU. Uma licitação foi realizada para compra de materiais para que sejam feitas adaptações no local, porém nenhuma empresa manifestou interesse. Uma nova licitação está sendo realizada”.

Sobre o atraso na inauguração do Samu na região, que deveria ter ocorrido em março deste ano, foi transferida para junho e agora sequer possui um prazo, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), declarou que a inauguração só não ocorreu ainda devido a alguns processos que não foram totalmente finalizados. A SES declarou também que aguarda disponibilidade de recursos para o custeio mensal do serviço e que avalia que o prazo está dentro da normalidade, já que há mais de 54 cidades envolvidas.

Sobre a não inauguração do serviço, a Prefeitura de Formiga informou que “Nesta semana, o COSEMS (Conselho dos Secretários de Saúde de Minas Gerais) decidiu enviar ofício ao Governo do Estado solicitando um posicionamento de quando o SAMU será inaugurado, uma vez que, após prorrogações, ainda não foi definida uma data”.

No Centro-Oeste de Minas, o consórcio contará com 23 bases descentralizadas distribuídas nos municípios e uma central de regulação em Divinópolis, para onde serão direcionadas todas as chamadas do telefone 192. Na região, as bases mais próximas estão em Lagoa da Prata e Arcos, cujas estruturas estão prontas há meses.

Lagoa da Prata

Nesta semana, se tornou público que desde dezembro do ano passado, a Prefeitura de Lagoa da Prata cancelou o convênio com o consórcio, alegando que o município não pagará por um serviço que não tem previsão de funcionamento. A situação não agradou parte da população e profissionais da saúde que participaram do processo seletivo para trabalhar no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

Ao todo, 480 profissionais foram selecionados para atuarem no Samu Centro-Oeste. O treinamento ocorreu no mês de maio.

 

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