A Polícia Civil de Minas Gerais entrou em greve oficialmente nesta segunda-feira (20).  Em Formiga, o horário dos trabalhos foi reduzido.

De acordo com a Sub Sede do Sindpol, além de Formiga, algumas delegacias do Centro-Oeste de Minas como Arcos, Abaeté, Lagoa da Prata, Cláudio, Pará de Minas, Divinópolis e Santo Antônio do Monte aderiram ao movimento.

De acordo com o Sindpol na região, o atendimento é feito com escala mínima de 30%, que é o exigido por lei. O Governo do Estado informou que ainda não deu início às negociações com os servidores.

A greve foi aprovada em assembleia realizada na semana passada. Os servidores reivindicam a nomeação de mais de 1.400 investigadores excedentes, a reestruturação dos cargos e salários e a reestruturação das delegacias. De acordo com a sub sede do Sindicato em Divinópolis, as cidades atenderão normalmente durante a manhã e a tarde somente serão formalizados os procedimentos de flagrante e o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

O diretor do Sindpol na região Centro-Oeste de MG, Joaquim Antônio, informou que para suprir os atendimentos realizados na região seria necessário um aumento de 30 a 40% no efetivo, além disso, ele afirmou que é preciso reivindicar por melhorias nas condições de trabalho.

“Nós estamos cansados de ir à assembleia e conversar. Somos responsáveis pela segurança pública, um trabalho sério que exige compromisso e profissionalismo, mas para isso precisamos ter condições de trabalhar. As delegacias não possuem sede própria, as viaturas e o combustível são escassos, os aparelhos eletrônicos de comunicação estão defasados, falta profissionais como investigadores, escrivães, médicos legistas e delegados. Fora isso, o Estado tem atrasado pagamentos, não houve reposição de salário ano passado, não pagaram auxílio de fardamento para os policiais e agentes penitenciários. Até os cursos de reciclagem para atualizar os policiais acabaram, é um caos total”, contou o servidor.

 

Fonte: G1||

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