O Grupo Pluralidade e Diversidade de Duque de Caxias (GPD) e todo o Movimento LGBT fluminense tentou, mas não pôde dar início a 4ª Parada do Orgulho LGBT promovido naquele município. Isso porque o prefeito Zito proibiu o evento e deixou mais de 150 mil pessoas de braços cruzados no domingo (11), na principal avenida da cidade – Brigadeiro Lima e Silva.
Segundo informações que circulam pela imprensa, houve apenas a liberação de um trio elétrico para as autoridades presentes se pronunciarem sobre a situação. O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o Superintendente Estadual de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento marcaram presença. Soube que o prefeito autorizou a Marcha por Jesus e acaba de proibir uma das maiores manifestações populares do país. O tempo do obscurantismo ditatorial já acabou. Se entendermos quer houve uma discriminação por parte do poder público de valorizar eventos em detrimento de outros; farei questão que esta municipalidade seja autuada na Lei 3406, que condena estabelecimentos comerciais e gestores públicos que cometam discriminação por conta orientação sexual , afirma o Ministro Carlos Minc.
Truculência do Executivo
De acordo com informações da imprensa, o embargo não foi comunicado em nota oficial pelo prefeito. Às 13h, o Secretário de Segurança de Duque de Caxias fez o comunicado (verbal) de que a Parada LGBT não poderia acontecer. Durante as negociações, o secretário demonstrou bastante truculência diante das exposições dos inúmeros não se opõe apresentados pela presidente do GPD, Sharlene Rosa, que contava com o apoio do governo do Estado do RJ, através das Secretarias de Segurança e Assistência Social e Direitos Humanos.
A atitude do prefeito vai na contramão da história. Parada LGBT é manifestação social de reivindicação de direitos e expressão de ideologia. Proibir o povo de praticar sua cidadania e sua livre expressão é retroceder tudo que caminhamos até então no que tange à democracia. A Baixada Fluminense tem os maiores índices de assassinatos de homossexuais e manifestações como esta que foi embargada são mecanismos de visibilizar a homofobia. Além disso, tal postura demonstra um não-alinhamento com as políticas pró-LGBT que foram e estão sendo implementadas pelo governador Sérgio Cabral , afirma o superintendente estadual, Cláudio Nascimento.
Triste final
Enquanto a população entoava frases de protesto, como Alô prefeito / que papelão / você vai ver / na próxima eleição, a presidente do GPD, Sharlene Rosa, declarava estar envergonhada pela humilhação que a população de Duque de Caxias estava passando. O Zito não me ofendeu. Ele ofendeu mais de 150 mil cidadãos caxienses que vieram até aqui lutar por um município mais justo, igualitário e sem homofobia, explica a presidente do GPD, Sharlene Rosa.
Com a proibição da 4ª Parada do Orgulho LGBT de Duque de Caxias, a população presente seguiu num cortejo silencioso carregando nas mãos os 124 metros do maior símbolo da comunidade LGBT: a Bandeira do Arco-Íris.

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