Cerca de doze cidadãos formiguenses que se dirigiram à cidade de Divinópolis, para doar sangue no Hemominas, e que eram transportados por um micro-ônibus da PREFEITURA, passaram por momentos de dificuldade não previstos, em virtude da comprovada desídia por parte daqueles que deveriam administrar o setor de transportes e por consequência da própria direção da secretaria a que está afeto. O fato ocorreu na manhã desta sexta-feira (18).

Segundo eles, (passageiros), já na saída da cidade e ainda nas proximidades do Posto Santa Cruz, o motorista parou o veículo e ligou para a responsável pelo transporte, questionando se o referido veículo havia ou não, sido abastecido, já que no painel o marcador de combustível indicava que o tanque estava quase vazio.

Tendo ouvido a resposta positiva, seguiu viagem e, próximo à Betânia, mais uma vez, conferiu o combustível. Ao retornar ao micro-ônibus comunicou aos passageiros a real situação, mas, ainda assim, prosseguiu até Divinópolis.

Feita a doação de sangue, os passageiros “doadores” ao localizarem o veículo ainda estacionado nas proximidades foram obrigados a esperar a chegada de outro motorista da Prefeitura, que veio ao encontro deles, trazendo certa quantidade de combustível para que a viagem de retorno pudesse ocorrer. O momento do reabastecimento foi registrado por um dos ocupantes do veículo.

 

Relembrando

Esta não foi a primeira vez, nos últimos dias, que situações parecidas ocorreram com os veículos da Saúde.

No dia 18 de setembro, um veiculo do tipo Van destinado a transportar usuários do chamado “Tratamento Fora do Domicílio”, quebrou na Rua Zurick, na capital mineira, e o socorro aos passageiros e ao próprio veículo, além do atraso de muitas horas, exigiu que um guincho e 4 veículos Gol, fossem deslocados daqui para a capital, com os consequentes custos e riscos inerentes a viagem. Tudo, ao que parece, em virtude da falta da mínima manutenção preventiva que ultimamente, segundo os próprios motoristas municipais confirmam, inexiste.

No dia 30 de setembro, repetida a cena, pacientes que deveriam ser transportados para BH em busca de atendimento (exames) deixaram registrada em um B.O., sua indignação contra o que chamaram de “incompetência e descaso” para com os que foram discriminados e não entraram no “sorteio” das quatro vagas disponíveis em um veiculo de pequeno porte “Gol” que a secretaria competente designou para substituir uma Van que normalmente transportaria aqueles 16 passageiros que desde a madrugada até por volta das 11h, estiveram no aguardo do transporte programado.

Naquela oportunidade a municipalidade respondeu aos questionamentos da imprensa através da seguinte nota:

“Para garantir a segurança dos pacientes e do motorista, a Secretaria Municipal de Saúde decidiu suspender o uso da van na segunda-feira (30). O veículo apresentou problemas nas pastilhas de freio e já foi encaminhado para manutenção. Devido à importância dessa van, esse conserto é prioritário e será feito o mais rápido possível. Como havia pacientes que não tinham como deixar de viajar para tratamento, a Secretaria de Saúde requisitou um carro que seria usado em uma viagem administrativa. Como só quatro pessoas poderiam ser transportadas, a secretaria fez triagem os pacientes com doenças mais graves e tratamentos inadiáveis. Os demais pacientes serão transportados tão logo a van esteja consertada”.

Hoje, como de costume, a reportagem do jornal tentou, por diversas vezes, se comunicar com o responsável pelo setor de transportes da Secretaria de Saúde. Segundo foi informado, Sr. Eduardo Nogueira, mas a redação não obteve êxito durante as tentativas.

 

Da Secretaria de Comunicação da Prefeitura foi enviada a seguinte resposta ao jornal

Conforme solicitação, segue resposta do Setor de Transporte da Secretaria de Saúde:

“O motorista do turno anterior deveria ter abastecido o ônibus ontem, (quinta-feira, dia 17), como de costume. Entretanto, isso não ocorreu. O Setor de Transporte vai orientar os motoristas para que isso não aconteça novamente. A Secretaria Municipal de Saúde reconhece o grande gesto de solidariedade dos doadores de sangue, pede desculpas pelo ocorrido e tomará todas as providências possíveis para que não haja mais esse problema”.

 

Nota da redação:

O artigo 180 do CTB define como infração de natureza média deixar o veículo imobilizado na via por falta de combustível, independentemente de estar atrapalhando o trânsito. Isso resulta em multa de R$ 85,13, quatro pontos no prontuário e até a remoção do veículo, dependendo do local. Por isso, se quiser mesmo economizar, abasteça antes de chegar à reserva.

 

Celular

Falar no celular, seja com fones de ouvido ou viva-voz é totalmente proibido e extremamente perigoso. Vale uma multa média de R$ 80, mas o pior é o risco de causar acidentes.

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