Desde a posse de Bolsonaro iniciou a disputa para as eleições de 2022, para a qual Bolsonaro e Moro disputam o mesmo nicho de eleitores, a extrema direita. Sérgio Moro é destaque desde 2014, por sua atuação na Operação Lava-Jato, e, na opinião pública, é considerado um símbolo do combate à corrupção.

Em 2018 foi convidado por Bolsonaro, para ser Ministro da Justiça. Deixou um cargo vitalício por um político, sujeito aos humores do presidente.

No dia 24 de abril, Sérgio Moro pediu demissão do cargo de ministro, sob a justificativa da intenção do presidente de interferir politicamente na Polícia Federal e em seu discurso disse: “…presidente me disse, mais de uma vez, expressamente, que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações, que ele pudesse colher relatórios de inteligência, seja o diretor, seja o superintendente, e realmente não é o papel da polícia federal prestar esse tipo de informação, as investigações têm que ser preservadas…”.

Moro também afirmou estar em jogo a sua biografia: “…há uma questão envolvida… da minha biografia, como juiz, e respeito à lei, ao estado de direito, a impessoalidade no trato das coisas com o governo…”.

Com a sua saída, Moro derrubou o discurso do governo de combate à corrupção e mostrou não termos evoluído para um governo mais transparente. Entretanto, nem Moro e nem Bolsonaro merecem defesas efusivas, pois têm interesses políticos e continuam a manipular o eleitor.

Moro se disse preocupado com a sua biografia e afirma ser um defensor das leis, mas em mais de uma oportunidade feriu as leis. A partir de junho de 2019, o site Intercept Brasil divulgou irregularidades na Operação Lava Jato, onde, supostamente, Moro feriu o princípio da imparcialidade ao atuar junto com o Ministério Público, – acusação -, para condenar réus.

Também agiu, de forma ilegal, quando vazou gravação (ilegal) de conversa da presidente Dilma Rousseff com Lula, com o fim de evitar a nomeação de Lula como Chefe da Casa Civil. Já Bolsonaro é vaidoso e sente insegurança pelo brilho de qualquer um, mesmo os que fazem um grande serviço pelo Brasil.

Assim, elimina as pessoas competentes, mantém os despreparados, não governa eficazmente para atingir os interesses do seu povo. Lembremos o ex-presidente, Itamar Franco, que teve como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, o qual lançou o exitoso Plano Real e, a seguir, se elegeu presidente.

Tivesse Itamar Franco a índole de Jair Bolsonaro, não teria deixado FHC trabalhar e o Brasil poderia ainda estar sofrendo os malefícios da inflação. Por tudo isso é que não podemos continuar a defender falsos líderes, fabricantes de discursos vazios e manipuladores. Precisamos do aparecimento de novos atores políticas, interessados em fazer ações para atender o interesse público, gerar estabilidade, transparência e segurança democrática.

 

 

 

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