Os vereadores Flávio Martins e Joice Alvarenga, relator e membro da Comissão de Serviços Públicos Municipais da Câmara, fizeram uma visita surpresa ao Aterro Sanitário de Formiga, na quarta-feira (21).

Os vereadores foram recebidos pela secretária municipal de Gestão Ambiental, Giovana Borges, o assessor técnico de engenharia ambiental, Felipe Basílio, e o supervisor operacional do Aterro, Marco Antônio Silveira. Eles mostraram a Flávio e Joice o funcionamento e a estrutura do local e explicaram como será feita a construção da terceira célula do Aterro.

Os vereadores gostaram do que viram. “É a primeira vez que visito o Aterro e confesso que fiquei surpreso, pois não tinha a noção exata do funcionamento dele. Percebo que, diante do cenário em que o prefeito Eugênio Vilela pegou o serviço, o trabalho atual está sendo muito bem feito. Lamento a situação que a administração passada deixou chegar. Eugênio está em condição de fazer o arroz com feijão, mas não tem o filé. E mesmo assim está conseguindo fazer um bom trabalho. Deu para ver que os funcionários conhecem bem o trabalho e o fazem de forma correta”, comentou Flávio Martins.

Joice Alvarenga disse que foi muito bem recebida e que elaborará um relatório para a Comissão com “observações e pareceres acerca do assunto”.

Acompanharam os vereadores durante a visita o jornalista e ex-secretário de Gestão Ambiental, Paulo Coelho e a engenheira ambiental e civil, Natália Pereira de Jesus que durante alguns anos atuou como responsável técnica do Aterro.

Todos os visitantes, diante das argumentações apresentadas, compreenderam que a operação daquele importante equipamento público não poderia sofrer qualquer interrupção de funcionamento, apesar da necessidade de, concomitantemente, ser construída a terceira célula destinada a receber o lixo produzido diariamente no município.

Com a falta de recursos e a necessidade de se investir na compra de materiais, mão de obra e contratação de máquinas e equipamentos indispensáveis ao andamento dos serviços, que se dão de forma ininterrupta, a opção adotada pela atual administração, se tecnicamente possa ser, em parte, criticada, foi a única viável e capaz de resolver o problema de imediato.

Como se comentou ali, muitas vezes “a necessidade faz o sapo pular”. Exemplificando, disse Paulo Coelho “na administração pública, muitas vezes, durante a execução de um projeto, somos obrigados a pular etapas em detrimento de outras para atendermos a escassez de recursos e/ou as exigências que a legislação e a burocracia nos impingem, em especial quando dependemos da licitação. É óbvio que entre paralisar a coleta e o descarte das 45 toneladas de lixo por dia, produzidos no município, ou saltar algumas etapas que já deveriam estar implantadas para que a terceira célula pudesse funcionar, o ‘jeitinho brasileiro’ adotado, veio em boa hora. Porém, considerando o tempo já decorrido e a proximidade da ocorrência de chuvas em maior intensidade, isto nos leva a acreditar que a construção de drenos e a execução de outras providências previstas em projeto devem ser aceleradas”, explicou.

O ambientalista explicou ainda: “igualmente quanto à manutenção de contratos com empresas especializadas na prestação de serviços de topografia, análise de solos e de materiais, de controle da qualidade dos efluentes produzidos; além, é claro, da imediata aquisição da geo-membrana e do material a ser aplicado nos drenos (geotêxtil, britas, tubos corrugados de PAD), tudo isto, precedido da movimentação de terra necessária (terraplanagem da área), já em andamento”.

“Também a preocupação com a construção da nova Estação de Tratamento de Chorume é algo que precisa se da, dentro deste período de governo para se evitar, o que, infelizmente, se deu na passagem da administração anterior para esta”, lembrou Paulo Coelho.

(Fotos: Divulgação Secom)

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