Desde 1998, hospitais da rede pública de saúde fazem o aborto legal no Brasil, procedimento que interrompe a gravidez apenas caso ela tenha sido provocada por um estupro ou represente riscos à saúde da mãe.
Em 2004, o SUS fez 1.600 procedimentos. No ano seguinte, foram 1.772 abortos feitos em todo o país. Em 2006, o número chegou a 2.072 e, em 2007, atingiu a marca dos 2.130 casos. No ano de 2008, foi registrado número recorde de abortos realizados pelo SUS, chegando a 3.285 interrupções de gravidez. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2009 foram 1.850 procedimentos.
O aborto legal passou a constar na legislação brasileira em 1940, mas somente após 1998 começou a ser feito pelo SUS. Já a pílula do dia seguinte que, se ingerida pela mulher em até 72 horas após a relação sexual, impede que o óvulo fecundado se fixe no útero, passou a ser permitida no país em 1996.
O remédio não é considerado abortivo por agir antes que a gravidez ocorra. Se a fecundação ainda não tiver acontecido, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozóide com o óvulo. Se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar uma descamação do útero, impedindo a implantação do ovo fecundado. Caso o ovo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não produz nenhum efeito.
Abortos passaram a ser feitos pelo SUS em 1988
Em tempos de polêmica sobre a legalização do aborto, que está ainda mais em foco por causa das eleições para presidente da República, saiba um pouco mais sobre os números de abortos legalizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).