A violência no trânsito nas estradas federais, estaduais e municipais no país matou 894 pessoas por ano só no Carnaval, entre 2006 e 2010. É o que revela o balanço dos acidentes registrados pelo Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores (DPVAT), divulgado nesta semana pela Seguradora Líder DPVAT, empresa responsável pelos pagamentos das indenizações por mortes, invalidez e despesas médicas decorrentes de acidentes nas rodovias.
No período foram repassados R$ 60,3 milhões em 4.470 benefícios para as famílias das vítimas fatais de sexta-feira a quarta-feira de cinzas. No total, nesses cinco anos, foram pagas 291.562 indenizações.
Segundo o DPVAT, a Região Sudeste é onde houve o maior índice de ressarcimento por mortes ao volante no Carnaval, com 1.731 notificações. O Nordeste apresenta o segundo maior número de óbitos em colisões: 1.287. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 717; Centro-Oeste (420); e Norte (309). O levantamento do seguro não foi realizado por estados.
As pessoas ficam comovidas quando ocorre um acidente de avião com cerca de 200 mortos. Só no Carnaval, a média é de quase 900 por ano, o que dá pelo menos uns três aviões. Nós queremos chamar a atenção da sociedade. Pôr essa discussão na ordem do dia, afirmou Ricardo Xavier, diretor-presidente da Seguradora Líder DPVAT.
De 2006 a 2010, o DPVAT contabilizou ainda 9.487 indenizações para vítimas que ficaram inválidas, após sofrerem acidentes no Carnaval. Outras 7.997 receberam reembolso do seguro para custear despesas hospitalares e compra de medicamentos.
Apenas no Carnaval deste ano, a Polícia Rodoviária Federal registrou 213 mortes nas rodovias federais, além de 2.441 feridos em 4.165 colisões, sem incluir as estradas estaduais e municipais. Os números, porém, ainda não foram fechados pelo DPVAT.
Só teremos os dados de 2011 no início de 2012. Mas, ao que tudo indica, neste ano morreram mais de mil pessoas nas estradas federais, estaduais e municipais durante o Carnaval, disse Xavier.

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