Quem teve a oportunidade de visitar o antigo Mineirão ao menos uma vez na vida deve se lembrar bem da chamada sonora para avisos de utilidade pública e das substituições de jogadores durante as partidas, que sempre começava com a mensagem ?Ademg informa: sai fulano, entra…?. Pois a entidade ligada ao governo do estado que administra os estádios de Minas Gerais pode em breve ?anunciar? uma importante mudança no futebol mineiro. Ricardo Barra, atual presidente da Minas Arena, consórcio que administra o novo Mineirão, pode ser destituído do cargo. Desde a reinauguração do estádio, são muitas as queixas e reclamações em cima da administração do maior estádio de Minas Gerais. Desde torcedores, que reclamam de má prestação nos serviços e na estrutura do estádio, passando pelo próprio governo do estado, que já aplicou multas ao consórcio e culminando no Cruzeiro, principal parceiro da Minas Arena, que recentemente andou explanando seu descontentamento com os serviços prestados pela empresa. Informações da imprensa da capital dão conta que Antônio Claret, ex-diretor de marketing do Cruzeiro, foi convidado para ocupar o lugar de Ricardo Barra, mas teria recusado o convite. Outros nomes estariam na pauta. O certo é que, caso não apresente melhoras em seus serviços, Barra pode estar com os dias contados à frente do gigante da Pampulha.
Torcedor
Mês passado, a Minas Arena e o Cruzeiro foram condenados pela justiça após um torcedor acionar as duas entidades alegando danos morais. O torcedor reclamou dos problemas detectados na abertura do Mineirão, em 3 de fevereiro, na partida em que o Cruzeiro venceu o Atlético por 2 a 1. Na ocasião, cerca de 55 mil pessoas foram ao estádio e reclamaram de problemas com filas, banheiros, bares fechados e até falta de água. A justiça determinou que Bruno Jorge dos Santos deverá receber cerca de R$2,6 mil, sendo R$2,5 mil correspondente aos danos morais e R$ 100 pela restituição do ingresso. A causa ainda cabe recurso.
Atlético
O presidente Alexandre Kalil é um dos que mais criticam a Minas Arena. De acordo com o mandatário atleticano, o contrato oferecido pela empresa possui diversos pontos que ele não concorda e julga ser ?inviáveis?.
Cruzeiro
Por outro lado, em termos financeiros, o Cruzeiro tem faturado bastante no novo Mineirão. Com menos de 10 jogos feitos no estádio neste ano, a Raposa já está quase superando sua arrecadação com bilheteria em 2011, por exemplo, ano em que a equipe precisou jogar a temporada inteira longe de Belo Horizonte. Por outro lado, o clube demonstra descontentamento em alguns serviços prestados pelo consórcio e cobra melhorias após a Copa das Confederações.

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