Os alimentos ficaram mais baratos no varejo e, com isso, foram a principal fonte de alívio na inflação ao consumidor em setembro, informou nesta terça-feira (15), a Fundação Getulio Vargas (FGV). A trégua nos reajustes em tarifas de energia elétrica também contribuiu para o arrefecimento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que avançou 0,15% no âmbito do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10).

Ao todo, três das oito classes de despesa desaceleraram na passagem de agosto para setembro, mas o destaque ficou mesmo com o grupo Alimentação (0,61% para -0,33%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes (-0,63% para -12,14%). Só o tomate ficou 18,83% mais barato, enquanto os preços da cebola caíram 16,45%, e os da batata tiveram queda de 15,89%.

Também perderam força os grupos Habitação (0,72% para 0,33%) e Educação, Leitura e Recreação (0,24% para -0,02%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens tarifa de eletricidade residencial (2,59% para -0,40%) e salas de espetáculo (1,78% para -0,17%), respectivamente.

Em contrapartida, aceleraram os grupos Transportes (0,01% para 0,36%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,65%), Comunicação (0,17% para 0,36%), Despesas Diversas (0,13% para 0,21%) e Vestuário (-0,16% para -0,14%). Nestas classes de despesa, destacaram-se os itens tarifa de ônibus urbano (-0,19% para 0,94%), perfume (0,38% para 1,58%), mensalidade para TV por assinatura (1,19% para 2,06%), alimentos para animais domésticos (0,28% para 1,39%) e cintos e bolsas (-2,36% para 0,05%), respectivamente.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,36% em setembro, ante 0,77% no mês anterior. O desempenho se deveu ao comportamento do custo de mão de obra (1,22% para 0,40%), já que o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou de 0,27% para 0,32% no período.

 

 

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