A praça do Terminal Rodoviário virou uma espécie de moradia para muitos andarilhos que por ali dormem, comem e utilizam para se banharem e lavarem seus pertences a água que é destinada para regar os jardins. Ainda existem denúncias de que eles também fazem uso de drogas em plena luz do dia, constrangendo e inibindo pedestres e passageiros que passam pelo local.
Também embaixo da ponte da Nestlé, um morador de rua está utilizando o local para viver. Chegou até a improvisar uma cama com caixas de madeira utilizadas para guardar frutas e legumes. Um tapete velho e cobertores em farrapos servem para cobrir as caixas. E ainda existe uma grande quantidade de lixo espalhado pelo local, o que ocasiona mau cheiro e incomoda os comerciantes da localidade.
A assistente social do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas), Nirlanda Souza, disse que cinco pessoas, duas mulheres e três homens, utilizam a praça do Terminal Rodoviário como moradia. Outro agravante é que para disfarçar a fome os andarilhos ficam a maior parte do tempo alcoolizados. Essa situação já dura pelo menos há dois meses.
De acordo com a assistente social, os moradores de rua já foram abordados e tiveram seus nomes cadastrados no Creas. No entanto, segundo a assistente social, o mais surpreendente é que os andarilhos se negam a sair da praça e estão vivendo na rua por opção, pois todos têm família que reside em Formiga. O desentendimento entre familiares seria o motivo da escolha de uma vida errante e precária.
Nirlanda Souza propôs a realização de uma reunião entre o Creas e órgãos responsáveis pela segurança pública do município, para que a situação dos moradores de rua seja solucionada.
A reportagem procurou a coordenadora do Sistema Único de Assistência Social (Suas), Joice Alvarenga, mas ela não estava na Secretaria de Ação Social e o telefone particular dela caía na caixa postal.

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