Devolvendo o seu chavão, transmita a todos que agora te rodeiam o quanto sua vida foi profícua. Vamos lá:

Telegrafista, jornalista, político, bibliotecário, ourives, católico fervoroso, membro da Academia Formiguense de Letras, “antes de ir, já tinha garantido a sua imortalidade”. Porta voz dos pobres para o bem e para o mal, lá estava ele dando o recado e empreendendo campanhas em prol dos necessitados, e com muito sucesso. Testemunhei várias vezes, tinha jeito para tudo, nem que fosse do próprio bolso. A Santa Casa, que tanto amava, fazia parte de sua vida. O título de benemérito não sei se o tem, se não, vamos dar-lhe dois, um da Santa Casa e um do município, que não foi mais do que a sua dedicação que o levou até a ONU, onde discursou em defesa do meio ambiente, eliminando a farra dos pneus criminosamente jogados na natureza.

Numa vida cuja extremidade de teu braço apenas serviu para ser estendida num constante afago a todos que dele se aproximavam. Doce como o néctar, suave como a brisa, orgulhoso de suas conquistas partiu rumo ao infinito, deixando para trás a certeza da missão cumprida. Sua ida foi como se abraçasse uma grande realização.

Suas lembranças me fortalecem sempre.

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