A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interdição cautelar em todo o país de todos os lotes do anticoncepcional injetável Contracep, produzido pelo laboratório farmacêutico EMS Sigma Pharma. Segundo a Anvisa, duas resoluções foram publicadas nesta segunda-feira (12) no Diário Oficial da União.
De acordo com a agência, a resolução 3541 prevê a suspensão da comercialização e do uso de três lotes do Contracep, determinada pela Vigilância Sanitária do estado de São Paulo na quinta-feira (8). Já a resolução 3543 prevê a interdição em todo o país da comercialização de todos os lotes do medicamento por 30 dias.
As medidas de precaução e proteção à saúde foram tomadas pela Anvisa e pela Vigilância Sanitária de São Paulo com base em análises de amostras do medicamento feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, que indicaram teor do princípio ativo, aspecto e volume insatisfatórios.
De acordo com laudos laboratoriaiais, as amostras analizadas apresentavam-se sob forma geleificada, dificultando a aspiração de todo o conteúdo do anticoncepcional contido na ampola. Por conta disso, as consumidoras poderiam receber um volume menor do princípio ativo do medicamento, o que acarretaria riscos de inefetividade do contraceptivo, ou seja a usuária corria o risco de engravidar.
Até o momento, a Anvisa não recebeu notificação sobre mulheres que engravidaram fazendo uso do Contracep injetável.

Orientação
Mulheres que utilizaram o anticoncepcional devem tomar cuidados com uma possível gravidez. A recomendação é procurar um médico para fazer o teste de gravidez e usar outros métodos contraceptivos, como a camisinha, enquanto aguarda o resultado.
Caso o teste seja negativo, o médico poderá orientar para o uso de métodos contraceptivos mais adequados à paciente.

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