O peemedebista Antônio Andrade não é mais ministro da Agricultura. Ele deixa o cargo para tentar um novo mandato na Câmara ou mesmo se lançar a vice na chapa encabeçada por Fernando Pimentel (PT) para o governo de Minas Gerais.
O atual secretário de política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, disse que foi convidado pela presidente Dilma Rousseff para assumir o ministério, na cota do PMDB. Geller anunciou ter sido chamado por Dilma para compor o primeiro escalão antes mesmo do Palácio do Planalto confirmar o convite.
Geller e Antonio Andrade se reuniram na quarta-feira com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Depois, ambos foram ao gabinete do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que Antonio Andrade informasse o convite a agradecesse o apoio da Casa e da bancada durante sua gestão à frente da pasta.

O nome de Geller não teve o aval prévio da bancada peemedebista na Câmara, que tem enfrentado o Palácio do Planalto em uma crise política que rendeu nesta semana duas derrotas para o governo no Legislativo. Tenho o aval do ministro e do setor, disse Geller a jornalistas, ao deixar o gabinete de Henrique Alves.

Já Antônio Andrade justificou que a bancada do PMDB, na Câmara, já havia anunciado que não indicaria substitutos para os ministérios que ocupa na Esplanada dos Ministérios, mas ressaltou que não houve objeções dos deputados peemedebistas.

Segundo o atual ministro, o nome de Geller não trará mais tensão para a crise entre o Planalto e a base aliada na Câmara. Os ânimos não vão ficar mais acirrados. Se fosse indicado outro nome, talvez a bancada pudesse ficar contrariada, justificou.

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