Figura bastante ausente do dia a dia do clube em 2011, o presidente Zezé Perrella tem acompanhado a equipe nas últimas semanas, para tentar desfazer muitos erros que levaram o Cruzeiro à luta contra o rebaixamento. Em Atibaia com a delegação celeste, Zezé concedeu entrevista ao jornalista Jaeci Carvalho, do Estado de Minas, e disse que também quer ser lembrado pelos seus títulos. ?A responsabilidade maior é minha, quando as coisas vão mal o dirigente é o culpado. Só queria também ser responsabilizado e reconhecido quando fomos vencedores. Ninguém se lembra do dirigente quando o time é campeão?.
Perguntado se o grande problema do Cruzeiro neste ano foi o desmanche da equipe, Zezé tenta achar uma desculpa. ?Demos o azar de perder Wallyson, com contusão grave. Tentei repor as peças. Brandão foi indicado pelo Cuca e era um dos nossos maiores salários. Não deu certo. Trouxemos Bobô e Keirrison, reconhecidos internacionalmente. O problema é que ambos se machucaram, mas ainda contamos com eles nesta reta final. Portanto, nosso maior problema foram as contusões. Busquei o que havia de melhor disponível no mercado, mas as peças não encaixaram?, tentou se justificar.
Incompetência recompensada
Maior decepção do campeonato, a diretoria deve utilizar a tática desesperadora costumeira de times que lutam na rabeira e oferecer um incentivo financeiro aos jogadores caso o clube não caia. ?Eu acho que o maior prêmio que você dá, é o reconhecimento ao atleta. E esse reconhecimento nós vamos fazer. Eu tenho certeza que o jogador do Cruzeiro hoje não está preocupado com dinheiro e bicho. Ele está preocupado com a sua moral e rendimento, para tirar o clube dessa situação difícil. Agora, se houve uma possibilidade de premiar esse sacrifício no final, vamos fazer?, disse o diretor Dimas Fonseca.
Papo em euros
Uma das maiores vontades da torcida atleticana hoje, além do clube sair da degola, é que o atacante Diego Tardelli acerte seu retorno ao clube para o ano que vem. Tardelli está descartado pelo Anzhi, da Rússia, onde não marcou nenhum gol. No entanto, a diretoria do Atlético diz que, atualmente, sua volta é inviável financeiramente. ?O que o presidente Kalil me colocou é que o clube de lá quer vender o Tardelli pelo mesmo preço que ele foi vendido (5 milhões de euros). Não posso iludir o torcedor. O Brasil vende um jogador por oito milhões e meio de euros e recompra pelo mesmo valor. Se fizermos isso, estamos na contra-mão da história?, ponderou o diretor de futebol Eduardo Maluf.
Jogos do fim de semana
Neste sábado (12), às 19h, o Atlético tem compromisso difícil em Florianópolis, onde encara o Figueirense. No mesmo horário, o América enfrenta o Fluminense no Rio de Janeiro. Já no domingo, o Cruzeiro recebe o Internacional em Sete Lagoas, às 19h.

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