Segundo informou a revista Veja nesta quarta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro decidiu deixar o PSL. Aliados estão cientes da escolha, segundo uma fonte próxima ao presidente. A estimativa é que diversos deputados do partido sigam o exemplo do presidente e também busquem uma nova sigla nos próximos dias.
A saída do presidente não é algo inusitado, muito menos para a direção do PSL – que já estava há semanas estudando formas de se sustentar quando o fato ocorresse. Dirigentes da legenda, como Luciano Bivar (PSL-PE), afirmaram que há perspectiva de união com outras agremiações.
O incômodo de Bolsonaro com o
PSL vinha em uma crescente, mas ganhou força nesta terça-feira (8). Durante encontro do
presidente com a imprensa no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse a um de seus
apoiadores para “esquecer o partido” e que Bivar estava “queimado pra caramba”.
Como resposta, o presidente do PSL disse nesta quarta que Bolsonaro já estava
“afastado” da sigla. “Não disse para esquecer o partido? Está esquecido”, disse.
Outro
sinal de descontentamento veio após reportagens revelarem que, durante a
apuração sobre o laranjal na seção mineira da sigla, a PF encontrou menções à
campanha dele. O ex-assessor parlamentar do ministro do Turismo de Bolsonaro,
Marcelo Álvaro Antônio, que na época era coordenador de sua campanha a deputado
federal no Vale do Rio Doce (MG), disse em depoimento à Polícia Federal (PF)
que “acha que parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na
verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e
de Jair Bolsonaro”.
Fonte: Revista Fórum ||