A polícia pretende ouvir a partir desta terça-feira (23) os apostadores de Novo Hamburgo (RS) que teriam participado de um bolão e acertado os números sorteados da Mega-Sena. Representantes da Caixa Econômica Federal e o dono da casa lotérica que vendeu os bilhetes também devem depor para esclarecer o caso. A principal hipótese apontada pela polícia é a de crime de estelionato.
O grupo de moradores de Novo Hamburgo (RS) foi surpreendido com a notícia de que o jogo não havia sequer sido registrado no sistema do banco. O concurso 1.155 da loteria foi sorteado no sábado (20) e tinha o prêmio acumulado de R$ 52 milhões. Cada apostador do bolão teria direito a cerca de R$ 1,3 milhão. Pelo menos 16 pessoas pretendem entrar na Justiça para reaver a dinheiro.
Na noite de segunda-feira (22), o proprietário alegou problemas de saúde e não quis se manifestar. O advogado de defesa dele, Marcelo Dias, apresentou uma nova versão para o caso.?Afastamos por completo a responsabilidade ou a falha do sistema de loterias da Caixa Econômica Federal. Se houve falha, foi humana, por parte de uma funcionária da lotérica, ou por parte da gráfica que elabora a formulação dos boletos?, afirmou o advogado.
O erro, segundo o advogado, pode ter ocorrido durante a impressão na gráfica ou na hora da digitação da aposta no sistema da Caixa, que é responsabilidade da lotérica. Uma auditoria interna está sendo realizada para apontar as causas.
A assessoria de imprensa da Caixa no Rio Grande do Sul informou que os bolões não são homologados e os prêmios, em caso de acerto das dezenas da Mega-Sena e de outras loterias, serão entregues ao portador da aposta.

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