O município de Arcos comemora nesta quinta-feira (16), 77 anos de emancipação político administrativa. O aniversário que oficialmente seria no dia 17 de dezembro é comemorado tradicionalmente no dia 16 de julho, dia da padroeira da cidade Nossa Senhora do Carmo. Haverá apresentações culturais a partir das 8h.

Por volta de 1823 a cidade se chamava São Julião (em 1833 passou a denominar-se Arcos) e possuía 1.175 habitantes. Arcos passou, assim, a pertencer à Vila de Formiga, juntamente com os distritos São João do Glória, Abadia do Porto além de Estiva, Aterrado e Bambuí. 

Arcos foi emancipada em 17 de dezembro de 1938. A criação da Comarca de Arcos deu-se, pela Lei nº 336, desmembrando-se da Comarca de Formiga. A sua instalação, porém, só se deu em 6 de junho de 1950, nos termos do decreto estadual nº 3.297, de 29 de maio de 1950.

A origem do nome do município possui várias versões. A mais defendida diz que, havia uma trilha ao longo do riacho às margem  do qual se encontrava a cidade, cujo caminho era utilizado pelos valentes bandeirantes rumo a Goiás. Certos tropeiros, vindos de longa viagem, resolveram pernoitar no local. Alguns arcos foram deixados de lado ao desprenderem uma barrica. No dia seguinte, ao seguir viagem, a comitiva encontrou-se com outra que se dirigia ao interior de Minas Gerais. Interpelado pelo chefe da expedição que seguia para o interior sobre o local da pernoite anterior, o responsável pela tropa respondeu: à margem de um córrego onde deixamos alguns arcos. Tal pergunta se repetiria algumas vezes e, pouco depois o córrego era conhecido como Córrego dos Arcos, ou simplesmente Arcos. Aos poucos, as primeiras residências foram sendo construídas onde hoje é o bairro Niterói para abrigo das comitivas e, alguns anos depois, o lugar transformou-se em povoado.

Em 1828, quando Arcos nem possuía capela, celebrou-se a primeira missa na Fazenda do Sr. Antônio Ribeiro de Moraes pelo padre Cícero Filipe. No início do século XIX, construiu-se a primeira capela, que se erguia no mesmo local onde hoje está a Igreja Matriz. A edificação da igreja foi iniciada em 1862, por iniciativa do padre Joaquim de Souza Oliveira, o término da obra ocorreu em 1909, quando exercia o ministério sacerdotal como vigário, padre Celso José Pinheiro. 

Em 1952 foi demolida a parte velha da Matriz, e sua reconstrução foi dirigida por Armando Barboni, levando dois anos para o seu término. Em 1999 a Paróquia é dividida, sendo criada a Paróquia Santo Antônio, cujo primeiro pároco é o padre José de Castro Lima, filho de Arcos.

Redação do Jornal Nova Imprensa

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