As empresas brasileiras não retomaram totalmente suas atividades ao nível pré-crise e há sinais de que ainda enfrentam dificuldades. Segundo dados da Receita Federal, em março houve uma queda de mais de R$ 1 bilhão na arrecadação federal da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), se comparado ao mesmo mês de 2009, ou seja, passou de R$ 4,527 bilhões para R$ 3,429 bilhões dentro do período comparado.
Um dos estados que mais contribuiu para esta queda, de acordo com os números da Receita, foi São Paulo, cujo recolhimento da CSLL caiu de R$ 2,368 bilhões para R$ 1,631 bilhão. Um resultado ruim visto que cerca de 30% das pessoas jurídicas instaladas no país estão alocadas no Estado, que responde por cerca de 34% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Outros estados importantes para a economia brasileira também apresentaram reduções na arrecadação de CSLL, porém, menos significativas. É o caso de Minas Gerais, com resultado 28% menor na comparação (de R$ 360,426 milhões para R$ 257,573 milhões). O Paraná também serve como exemplo do recolhimento menos intenso (de R$ 155 milhões para R$ 131 milhões), assim como o estado da Bahia (de R$ 109 milhões para R$ 62 milhões) e o de Santa Catarina (de R$ 130 milhões para R$ 79 milhões).
A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) subiu para R$ 10,485 bilhões em março de 2010, ante R$ 8,302 bilhões verificado no mesmo mês do ano passado. Da mesma forma, cresceu o recolhimento do Programa de Integração Social, mais conhecido como PIS/Pasep, cujo resultado no terceiro mês deste ano alcançou R$ 2,772 bilhões, alta de 20,39% comparado a março de 2009 (R$ 2,303 bilhões).
Desde janeiro, o governo vem comemorando os resultados da arrecadação federal. Em março de 2010, dado mais recente, o resultado das receitas administradas pela Receita foi de R$ 40,469 bilhões, ante R$ 36,835 bilhões, registrados anteriormente. Com relação às receitas totais, o número passou de R$ 37,604 bilhões, em março de 2009, para R$ 41,996 bilhões, neste ano.

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