No sábado (14) um asteroide passou “raspando” na Terra, e a maioria das pessoas nem ficou sabendo. Isso porque o objeto só foi descoberto com algumas horas de antecedência. Ele é considerado relativamente grande e passou entre o espaço que separa nosso planeta da Lua – 384,4 mil km. O asteroide foi identificado pelo projeto Catalina Sky Survey, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, no sábado. O corpo celeste foi nomeado 2018 GE3 e viajou pela órbita da Lua horas depois de descoberto.

“O 2018 GE3 é o maior asteroide conhecido a passar tão perto da Terra na história da observação”, comenta Jäger, em matéria divulgada pelo portal Space Weather, que pertence à Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).

Ainda conforme o astrônomo, a intensidade da luz refletida pelo 2018 GE3 mostra que seu tamanho deve ser entre 47 a 109 metros de comprimento por 157 metros de largura. “Ele estava brilhando como uma estrela de magnitude 13 quando fiz minhas observações”, completa Michael Jäger. Esse objeto é quase seis vezes maior do que o que explodiu nos céus de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Na época, o incidente com o meteoro feriu mais de 1,2 mil pessoas e causou destruição num raio de 93 km da zona de “impacto”.

Se o 2018 GE3 tivesse atingido a Terra, de acordo com a Nasa, a devastação teria sido regional, mas não global, e é possível que o asteroide se desintegrasse na atmosfera antes mesmo de chegar ao solo de nosso planeta.

No início do mês a Nasa divulgou que está preparando o rastreamento de 17 mil grandes objetos próximos (Near-Earth Objects, no original em inglês) da Terra, incluindo asteroides. Essa decisão foi tomada após o Congresso americano ter aprovado a identificação de todos os objetos maiores do que 140 metros de largura.

Em 2020, a Nasa planeja testar o sistema Double Asteroid Redirection Test (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo, na tradução livre), que, teoricamente, funciona de forma a evitar que objetos potencialmente perigosos, em rota de colisão com a Terra, atinjam nosso planeta – eles seriam desviados.

 

Fonte: Revista Encontro ||

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