Cuca é, oficialmente, o novo treinador do Atlético-MG. Depois de buscar no mercado um substituto de Jorge Sampaoli, e até mirar mais em Renato Gaúcho, a diretoria do Galo foi atrás de um outro plano e viu no técnico campeão da Libertadores 2013 o nome ideal, diante das circunstâncias do mercado, para o acerto. Aos 57 anos, volta ao clube mineiro após sete anos.

Na terça-feira, houve reunião entre a diretoria do Atlético e o staff do treinador, que se encontra em Curitiba cuidando de assuntos familiares – principalmente da internação da mãe, que se recupera de Covid-19. 

 Cuca retorna ao Atlético para um contrato de dois anos, com possibilidade de ampliação até dezembro de 2023.

A comitiva de Cuca é formada pelos auxiliares Cuquinha (seu irmão) e Eudes Pedro. O Atlético contratou também Cristiano Nunes para fazer parte da equipe de preparadores físicos do clube. Cristiano havia se desligado do Internacional, e é mais um ex-profissional do Colorado que chega ao Galo. Antes, foram o diretor Rodrigo Caetano, o analista de mercado Alessandro Brito e o coordenador da base Erasmo Damiani.

Rejeição de parte da torcida

Nas redes sociais, uma parcela da torcida tem se manifestado de forma contrária à contratação do treinador com a hashtag #CucaNão. O protesto tem a ver com um episódio ocorrido em 1987, na Suíça. Durante uma excursão do Grêmio à Europa, Cuca (então jogador) e os companheiros de clube, Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique foram acusados de terem tido relação sexual com uma menina de 13 anos.

Após quase um mês detidos em Berna, os quatro jogadores foram liberados. Dois anos depois, em 1989, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados por atentado ao pudor com uso de violência. Fernando foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por estar envolvido no ato de violência. 

O Atlético, desde o começo da negociação, sabia da criação de polêmicas e vem se preparando, institucionalmente, para apoiar o treinador perante a opinião pública. No anúncio, o clube deu o seguinte posicionamento:

“Sobre os antigos episódios envolvendo o nome do treinador (e que vieram à tona recentemente), o Clube entende que o assunto está superado, em face das últimas declarações dadas por ele. O Clube Atlético Mineiro afirma confiar no treinador, em suas palavras e, principalmente, em sua conduta: sempre proba e séria, inclusive durante o período em que treinou o nosso time. O Clube afirma, ainda, ter absoluto respeito pelas mulheres, defende a bandeira da igualdade e repudia qualquer ato de violência ou discriminação, contra quem quer que seja”.

Fonte: Globo Esporte

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