Minas Gerais foi um dos estados premiados para a já tradicional ?rodada dos clássicos? do Campeonato Brasileiro, que põe no mesmo fim de semana alguns dos jogos de maior rivalidade do país. Neste domingo, às 16h (de Brasília), Belo Horizonte vive em função do confronto entre Atlético e Cruzeiro, que será no Mineirão.
Durante a semana, a procura por ingressos foi muito alta e a tendência é de que o estádio esteja praticamente lotado quando a bola rolar. Ambos os times vêm de resultados positivos Cruzeiro 1 a 0 no Ipatinga e Atlético 3 a 0 no Flamengo , o que motiva o torcedor a prestigiar o espetáculo.
Para o cruzeirense, a motivação maior é a chance do título. A quatro pontos do Grêmio, a equipe ainda acredita que é possível tirar a diferença. Para o atleticano, esta é uma oportunidade de ouro para atrapalhar os planos ambiciosos dos arqui-rivais. Ao próprio Galo, resta garantir-se fora da zona de rebaixamento, tarefa aparentemente tranqüila, já que o time é o 12º lugar.
Apesar da distância de 15 pontos entre os dois clubes, há um sentimento de que os times chegam ao clássico em igualdade de forças. O Cruzeiro tem problemas no departamento médico; o maior deles é Wagner, cuja presença em campo será um mistério até o vestiário. Enquanto isto, o Galo sofreu duas baixas de última hora: Marcos e César Prates.
Há ainda aquela velha máxima de que no clássico acontece um equilíbrio natural. ?O clássico tem seu incentivo especial, gera muita rivalidade. Também são dois times que buscam somar pontos. O Cruzeiro numa condição melhor na frente da tabela e o Atlético buscando sair daquela posição que se encontra. Tem um toque todo especial, pela rivalidade, pela tradição. São ingredientes que a gente leva para um jogo como esse? afirma Marcelo Oliveira, técnico do Atlético.
O Cruzeiro tem ampla vantagem nos clássicos desta temporada. Em quatro jogos, venceu três e empatou um, marcando oito vezes e sendo vazado apenas uma. Mesmo assim, o técnico Adilson Batista tem o mesmo discurso humilde do rival. ?Agora é outro jogo, vamos tentar superar as dificuldades. Estou estudando o adversário, deve neutralizar alguns jogadores, espero que seja um jogo leal e que o melhor vença? diz o comandante cruzeirense.
Os dois times se conhecem bem, e parece pouco provável que um deles se abra, buscando a vitória a todo custo desde o apito inicial. ?O contra-ataque no futebol de hoje é uma grande arma. Não gosto que um time seja totalmente defensivo ou ofensivo. Ele tem de ser defensivo sem a bola e ofensivo com a bola. Quando o adversário está nos atacando, normalmente tem mais espaço no campo ofensivo. Como a gente tem jogadores de velocidade, espero que consigamos usar isso?, admite Marcelo Oliveira.
Mas uma vez, Adilson Batista pensa parecido com seu adversário, alertando para os cuidados que a partida exige. ?A semana foi proveitosa. Trabalhamos três dias aquilo que a gente acha que pode acontecer no jogo, principalmente em termos de posicionamento, alertando e tendo alguns cuidados. Trabalhamos em cima daquilo que pode criar dificuldades para o Atlético?, conta.

Ficha Técnica

ATLÉTICO-MG X CRUZEIRO

Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 19 de outubro de 2008, domingo
Horário: 16h (horário de verão de Brasília)
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (Fifa-SC)
Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Milton Otaviano dos Santos (Fifa-RN)
ATLÉTICO-MG: Juninho; Sheslon, Leandro Almeida, Vinícius (Marcos) e Elton; Rafael Miranda (César Prates), Serginho, Márcio Araújo e Renan Oliveira; Marques e Castillo. Técnico: Marcelo Oliveira.
CRUZEIRO: Fábio; Jonathan, Thiago Heleno, Espinoza (Léo Fortunato) e Jadílson; Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner (Camilo); Guilherme e Thiago Ribeiro. Técnico: Adilson Batista.

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