Tudo indica que o Ministério Público, em princípio, não concorda com as razões apresentadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para justificar o aumento de 25% decretado pelo prefeito, no dia 22 de abril, e já valendo desde o dia 1º de Maio.
Uma nova rodada de negociações está marcada para ocorrer no próximo dia 18, quando o promotor Dr. Marco Aurélio Rodrigues Carvalho deverá propor a celebração de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), trazendo o índice para baixo, de acordo com o que determina a Lei.
O procurador do Saae, [Marco Aurélio Valadão] coincidentemente de mesmo nome do senhor promotor, ouvido a respeito informou que já foi convocado para a reunião e que comparecerá para demonstrar e justificar, mais uma vez, os argumentos que embasaram o procedimento da autarquia, mas que, evidentemente, disposto a acatar o TAC a ser proposto pelo digno representante do Ministério Público.
O entendimento geral é o de que o aumento deveria ter sido proposto, dentro dos índices previstos em lei (INPC) e não com a adoção de um percentual tão elevado. ?Da forma como a coisa foi feita, cheira mesmo a abuso?, comentou um vereador, por sinal, da situação.
O diretor do Saae, Ney Araújo, assim se manifestou ao ser consultado pela redação: ?Nós não queremos fazer nada fora da lei. Se este é o caminho a ser seguido, vamos a ele. Em breve, estarei na Câmara explicando aos vereadores as razões que justificam o pedido de reajuste nas tarifas. Precisamos urgentemente realizar inúmeros reparos na rede de adução e de distribuição além de providenciarmos a substituição de bombas e equipamentos. Sem isso, corremos o sério risco de ainda este ano passarmos por uma série de problemas técnicos que podem prejudicar o fornecimento regular de água. Nem nós, nem o MP e nem a população quer isto. É assim pensando que conto com o apoio da população, dos vereadores e de todas as partes envolvidas em busca de soluções para o grave problema. Precisamos investir logo para garantir a regularidade do serviço agora e, no futuro, juntos vamos encontrar uma maneira, dentro da lei, de promover o reajuste necessário, sem penalizar a população?, concluiu.

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