Hoje, grande parte da cidade está comemorando a notícia de que,  finalmente, membros do Legislativo e o chefe do Executivo chegaram a um acordo sobre a apresentação de um Projeto de Lei, instituindo no município o Auxílio Emergencial, salvo engano, proposto na ordem de  R$900 por família a ser atendida, isto dividido em três parcelas.

Segundo informações, ainda não confirmadas, o número de atendidos pelo programa estaria em torno de 2.500 a 3.000.

Pois bem, as fontes de financiamento teriam que ser providas pelo próprio município e, para tanto, a Câmara estaria disposta a auxiliar com a devolução do necessário para bancar a primeira e a última parcela a serem distribuídas, já que, segundo a proposta, elas seriam em três parcelas.

Pois bem, meritória a ideia, que mesmo em ser original, nos mostra que vereadores e o Executivo se preocupam com os menos favorecidos. Estes, convenhamos, com o advento da pandemia, se multiplicaram exponencialmente nesta e nas demais cidades brasileiras.

E, como diz hoje, o chavão que mais se ouve por aqui, quem tem fome tem pressa!

Concordamos. É sim preciso socorrer nossos irmãos pois, se antes alguns deles dependiam de uma ajuda financeira, pedida com humildade quando batiam em nossas portas, hoje, em número muito maior, eles pedem não mais um trocado, mas se contentam em receber um pedaço de pão, quem sabe, o único alimento que passa por suas mãos sabe-se lá há quanto tempo.

Porém, caro leitor. Perguntamos: Será que aqui nesta cidade, teremos a chance de aprender, nós todos que nestes 90 dias, de “alívio” – (será mesmo?), seremos sim, capazes de aprender a respeitar as normas de distanciamento, de uso de máscaras, de uso dos desinfetantes preconizados, etc?  E a vacinação?  Terá alcançado quantos % de nossa população?

Justificamos estas perguntas por que nós e você sabemos que, infelizmente, neste prazo o maldito vírus ainda não terá sido extinto por aqui.

E aí, senhoras e senhores, se o desemprego continuar nos rondando, como hoje ocorre, se as dezenas de CNPJs continuarem morrendo todo dia, de onde sairão os recursos para atendermos não mais 3.500 ou 3.000 “necessitados” mas, provavelmente, um número muito maior que estes?

Meus amigos: volto a dizer que a ideia do auxílio emergencial é muito bem vinda. É ótima, é necessária é indispensável, mas, se temos caixa para suportá-la por apenas 90 dias, é preciso que desde já, tomemos uma série de providências para que apesar da Covid, que não tenham dúvidas, vencido este prazo, ainda estará nos rondando, tenhamos educado nosso povo (educado no sentido de adotarmos e respeitarmos o que tiver que ser exigido no enfrentamento ao vírus) – de uma forma inteligente e eficaz; sem que empregos sejam perdidos e de forma que a renda de nossos hoje incipientes e enfraquecidos comércios, indústrias e/ou prestadores de serviços, sem distinção de ramos ou de tamanho, estejam funcionando ainda que de forma precária, mas gerando empregos e renda, sem o que, o futuro será …  sabe-se lá como !

O município ao que soube, pelo lado do Executivo, já está se movimentando para fazer com que a arrecadação, sua única fonte de renda livre e confiável, se recupere. Provavelmente, venha aí um novo Refis. Será bem vindo!

Por outro lado, se este governador o gestor do programa Minas Consciente, não permitir a adoção de alguma flexibilização localizada – (quem melhor conhece onde o calo dói, onde a coisa aperta, são os prefeitos, as autoridades locais) – a coisa fica difícil.  Ele tem que entender que tratar uma cidade do porte de Formiga como uma Uberaba, Juiz de Fora ou tantas outras, é claro, gera problemas que poderiam ser evitados, já que as nossas realidades são muito diferentes.

Por outro lado, estar na pele deles, govenador ou prefeito, quando não há no país uma uniformização no tratamento do que não lhes compete, como a aquisição de vacinas e de insumos, sabedores de que, é aqui na ponta que a coisa falta e explodem os números de mortes, precisamos novamente saudar a união do Legislativo e do Executivo na busca de soluções. Mas, nos atrevemos a afirmar que, se o povo, todo mundo, todos nós, não estivermos unidos numa só luta, dificilmente venceremos esta guerra!

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