O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda doença que mais mata no mundo. No Brasil, uma a cada quatro pessoas desenvolve a doença. No ano passado, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou 10.111 mortes em Minas por causa da enfermidade. Apesar da gravidade, o AVC pode ser evitado com a adoção de um estilo de vida mais saudável e mudanças de hábitos.

Para alertar as pessoas sobre o perigo do AVC e como se proteger, o 29 de outubro foi instituído, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como o Dia Mundial do Combate ao AVC. A data busca conscientizar sobre a necessidade de uma vida saudável para evitar o problema, que pode deixar sequelas permanentes.

Outro ponto de preocupação para este ano é que, com a pandemia, muitas pessoas têm deixando de fazer consultas e exames de rotina, que poderiam diagnosticar fatores de risco. Segundo a Organização Mundial de Derrames, observou-se que os atendimentos a casos de AVC diminuíram em 60% durante os primeiros meses da pandemia. Um dos possíveis motivos é o medo da contaminação com o vírus, o que levou à redução de consultas de rotina. Alguns pacientes deixaram de buscar atendimento mesmo apresentando sintomas graves de AVC.

O AVC é mais comum em pessoas acima de 60 anos, mas tem sido cada vez mais observado em adultos com média de idade de 45 anos.

“O AVC, também conhecido como derrame, é uma interrupção abrupta (repentina) do fluxo sanguíneo cerebral. Ele pode ser de dois tipos: o vascular encefálico isquêmico e o hemorrágico. O primeiro trata-se da interrupção do fluxo por algum coágulo que se aloja na artéria cerebral. Já o segundo é quando há rompimento da artéria”, explica Dayson Henrick Salvino Pereira, médico cardiologista do Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira. 
 
Sintomas
Um dos primeiros sintomas da doença é a fraqueza súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar e, em muitos casos, a perda de visão. As consequências da doença podem ser diversas. As mais comuns são dificuldades para andar, falar e compreender, bem como paralisia ou dormência da face, do braço ou da perna. 

“Podemos diagnosticar uma possível probabilidade de a pessoa ter um derrame através de três formas simples: peça para sorrir, se a boca puxar mais para um lado, pode ser indício. Outra forma é colocar os braços para frente e tentar segurá-los. Se algum desses braços cair, isso quer dizer que ela está perdendo força. A última é falar uma frase simples, como ‘um menino brincou com a bola’. Se a frase for dita meio embolada, também pode ser um fator”, pontua o cardiologista. 

Fonte: Hoje em Dia
 

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