Mal o Banco Central iniciou, na segunda-feira (5), o prazo para que os brasileiros se cadastrem no Pix – sistema de pagamentos instantâneos e sem taxas bancárias que deve substituir o TED e o DOC, a partir de novembro –, a novidade já virou um prato cheio para estelionatários.
Em menos de uma semana, segundo a empresa de segurança PSafe, especializada em aplicativos de segurança, já foram detectadas no país 40 páginas falsas usadas por criminosos para passar a perna nos desavisados. Além disso, houve bloqueio de tais sites para nada menos que mil clientes convidados a visitá-los por golpistas. 

“É um número bem considerável”, afirma Emílio Simoni, diretor do dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe. Segundo o executivo, o golpe funciona assim: a pessoa recebe mensagem via SMS ou e-mail com convite para clicar em um link e fazer cadastro para o Pix. Depois, é direcionada a um site idêntico ao do banco em que tem conta, onde deve inserir usuário e senha, copiados pelos estelionatários. 

“Essas páginas são visualmente idênticas às dos bancos e com uma mensagem para o cadastro do Pix. Normalmente, as pessoas têm recebido convites do tipo ‘faça desbloqueio do Pix para pagamentos imediatos’, sendo direcionadas para páginas falsas”, relata Simoni. Procurada, a Polícia Civil de Minas não soube informar, ontem, quantas queixas de tentativa de estelionato, por meio do esquema, já haviam sido registradas no Estado.

Alertas
O Banco Central já fez vários alertas para as pessoas não clicarem em links enviados por mensagem ou e-mail, pois os cadastros do Pix são realizados unicamente por aplicativos e sites oficiais das instituições financeiras. A tecnologia só estará disponível ao público em 16 de novembro.

Mesmo assim, o risco de sofrer um golpe é grande. “O assunto está em alta e o criminoso é oportunista. Imagine minha mãe vendo matéria na TV dizendo que o banco está fazendo os cadastros do Pix. Quando recebe uma mensagem que parece ser do tal banco, ela clica”, diz Simoni. 

Para o especialista, com o isolamento social na pandemia houve um boom de golpes pela web, especialmente porque muita gente estava tendo os primeiros contatos com as vendas online. 

Fonte: Hoje em Dia

COMPATILHAR: