Se para muitos a notícia do garoto Gabriel Alexandre da Silva, de 11 anos, que se defendeu do ataque de um pitbull mordendo o animal, pareceu surpreendente, a história de um garotinho de 9 meses é ainda mais incrível. Com os únicos três dentes que tem, o bebê matou com três mordidas uma cobra coral – considerada por especialistas como uma das mais venenosas existentes no Brasil.
O animal, com cerca de 1m de comprimento, teria atacado a criança quando ela brincava no chão de casa, em uma fazenda, na zona rural de Pedro Leopoldo, na região metropolitana da capital. Como também foi ferido na boca e na mão pela cobra, o bebê precisou ser encaminhado às pressas até um hospital. Ele está internado no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, e passa bem.
Ontem, a mãe dele, a dona de casa setelagoana Ana Cláudia Barbosa da Silva, de 20 anos, contou que, por pouco, o filho não morreu envenenado. A médica Solange de Lourdes Silva Magalhães, plantonista do setor de toxicologia do HPS João XXIII, a primeira a atender a criança, contou que o menino chegou ao hospital com quadro grave de intoxicação. Segundo a médica, o bebê apresentava secreção na boca e ainda sofreu uma parada respiratória por causa do veneno da cobra. De acordo com a especialista, a serpente foi levada para o laboratório do setor de toxicologia do HPS.
Ela disse que o animal já chegou morto e apresentava algumas marcas de mordidas na cabeça o que, possivelmente, foi a causa da morte. Segundo Solange, a cobra foi incluída em um banco de dados do HPS. Ana Cláudia contou que o incidente aconteceu na quinta-feira da semana passada. Ela disse que o bebê estava brincando com a irmã, de 4 anos, próximo de um fogão de lenha.
A dona de casa lembra que estava em outro cômodo da casa quando ouviu os gritos da filha. Quando cheguei, a cobra estava toda enrolada no braço do meu filho e a cabeça entre os dentinhos. Ele estava rindo e colocava e tirava a cobra da boca como se fosse um brinquedo, afirmou a mulher. Com o filho no colo, a dona de casa disse que ela, o marido e os vizinhos correram para um hospital em busca de socorro.

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