Bebês nascidos de mães obesas enfrentam maior risco de morrerem jovens em decorrências de problemas cardíacos, sinalizou um novo estudo desenvolvido por um grupo de pesquisadores do Reino Unido, e publicado pela British Medical Association no último dia 13.
A pesquisa teve acesso aos dados de cerca de 30 mil mulheres que deram à luz em Aberdeen, na Escócia, entre 1950 e 1976: todas foram pesadas e medidas no início da gestação. Quando os pesquisadores procuraram atestados de óbito dos 38 mil filhos – que estavam com idades entre 34 e 61 anos -, descobriram que aqueles cujas mães haviam sido obesas tiveram chance até 35% maior de morrerem em decorrência de doenças cardiovasculares, se comparados aos filhos de mães com peso normal. Os registros de saúde também indicaram que eles tinham um risco 42% maior de serem tratados por problemas cardíacos.
Até então, era sabido apenas que bebês prematuros, desnutridos, ou severamente abaixo do peso corriam risco de problemas cardíacos. O estudo não mostrou, porém, os efeitos do ambiente em que a criança foi criada. Segundo especialistas, a obesidade, muitas vezes, ocorre entre membros de uma mesma família, já que seria difícil se manter imune às consequência de crescer em um lar onde excesso de peso é a norma, há muita comida gordurosa disponível e ninguém estimula a prática de esportes.
Comparação
No período estudado pelos pesquisadores, apenas 21% das mulheres estavam com sobrepeso, e 4% eram obesas. Agora, estimativas locais indicam que 20% das mulheres da região são obesas. Tal aumento indica que o fato pode, em breve, se tornar um grave problema de saúde pública, reforçou a principal autora da pesquisa, Rebecca Reynolds, professora de medicina metabólica na Edimburgo University.
No entanto, ela e outros especialistas do grupo ressaltaram, ainda, que as mulheres grávidas não devem embarcar em uma dieta que poderia fazer mais mal do que bem ao filho.
Bebês de mães obesas têm mais risco de morrerem ainda jovens
Estudo feito no Reino Unido revelou que grupo possui 35% mais probabilidade de sofrer de doença cardíaca do que filhos de mulheres sem excesso de peso.