Aposentados, pensionistas e demais beneficiários que recebem por meio de cartão magnético e não sacam o benefício 60 dias após a data do crédito ficam impedidos de retirar o dinheiro. Por medida de segurança, o banco devolve o valor ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que bloqueia o pagamento.
Para desbloqueá-lo, o segurado terá que comparecer à agência da Previdência Social responsável pelo seu benefício e apresentar documento de identificação, como carteira de identidade, certidão de casamento ou de nascimento. Em junho, 9.676 benefícios foram suspensos porque o beneficiário não sacou no prazo de 60 dias.
O bloqueio é efetuado para evitar o pagamento indevido e qualquer tentativa de fraude, como o saque do valor por terceiros, sem o conhecimento do beneficiário. Na folha de junho, 15.275.604 beneficiários receberam por cartão magnético, entre os quais 10.236.822 na área urbana e 5.038.782 na área rural.
O segurado que recebe o benefício com cartão magnético deve ficar atento às normas de segurança. O cartão é seguro, facilita o saque do benefício, mas requer atenção. Em hipótese alguma deve se fornecer a senha a terceiros. Como nos cartões da rede bancária, a senha não deve ter sequências previsíveis, tais como data de nascimento, número de telefone ou dígitos ligados diretamente ao portador.
Dúvida
O INSS recomenda que, em caso de dúvida no momento do saque no terminal de auto-atendimento, o segurado procure um funcionário do banco e nunca peça ajuda de outras pessoas. O pagamento dos benefícios também é suspenso em caso de morte do segurado.
Todos os meses, os cartórios enviam à Previdência Social listagem com dados das pessoas falecidas no mês anterior e, com isso, o pagamento da aposentadoria é cancelado automaticamente.
Segurança
O INSS alerta insistentemente para que o segurado nunca peça ajuda para estranhos quando for retirar seu benefício. Geralmente, nos bancos existem funcionários treinados e capacitados para ajudar aqueles que tiverem dificuldades em sacar a aposentadoria ou qualquer benefício.
Se alguém se oferecer para ajudar e que não seja funcionário do banco, o pensionista deve chamar o segurança e comunicar o fato. Pode ser que a pessoa esteja querendo se aproveitar para roubar o pensionista, aproveitando-se de sua dificuldade.
Direito à pensão
Em junho, 32.168 benefícios foram suspensos por óbito de segurados, 22.147 na área urbana e 10.021 na área rural. Esse sistema impede que outras pessoas, de posse do cartão magnético e senha, recebam o benefício de quem já morreu. Se os dependentes do segurado tiverem direito à pensão por morte, devem informar o óbito ao INSS para que a aposentadoria seja transformada em pensão e eles possam receber o benefício.
Se os parentes continuarem a receber o benefício, o caso fica caracterizado como fraude, e as pessoas podem ser processadas por estelionato. Além disso, terão de devolver o dinheiro recebido indevidamente aos cofres públicos. Vários casos como esses já ocorreram e os envolvidos chegaram a ser condenados e até mesmo presos.
O INSS tem como detectar que o benefício está sendo pago indevidamente. O problema é que demora certo tempo, por isso, alguns casos de fraudes acontecem. Mas a cada dia o sistema está ficando mais seguro e os fraudadores não conseguem retirar o dinheiro irregularmente após a morte do titular do benefício.

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