De acordo com relatório divulgado nesta quinta-feira (25) pela Prefeitura de Belo Horizonte mostra que a cidade atingiu, em 2013, uma marca histórica no combate à mortalidade infantil ? pela primeira vez, a capital reduziu para menos de dez os óbitos por mil nascidos vivos. O resultado foi motivo de comemoração, já que a queda da mortalidade infantil está entre os oito objetivos do milênio, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000.

Há 14 anos, a entidade propôs que os municípios reduzissem em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos. Em Belo Horizonte, a meta foi superada em 2011, quando a cidade chegou a 10,3 óbitos por mil nascidos vivos. Após longo período de decréscimo, a taxa voltou a subir levemente em 2012, até atingir, em 2013, o índice de 9,7 mortes por mil nascimentos.

A Secretaria Municipal de Saúde atribui a melhoria aos investimentos em atenção básica à saúde, especialmente na ampliação da quantidade de equipes de saúde da família que fazem o atendimento nas unidades básicas e em domicílio. Segundo a pasta, Belo Horizonte tem hoje 583 equipes atendendo 1,9 milhão de pessoas, 70 a mais frente às 513 equipes em atuação em 2009.

De acordo com o secretário Fabiano Pimenta, a ampliação permitiu que mais mães pudessem fazer a média de sete consultas durante a gestação e recebessem acompanhamento no pós-parto. ?Fortalecer a atenção primária é sempre o primeiro passo no sentido de reduzir a mortalidade infantil, e Belo Horizonte tem trabalhado a passos largos para ampliar o número de equipes de saúde da família?, disse. O secretário destacou que a cidade é a capital com mais de 2 milhões de habitantes que tem a maior cobertura de saúde da família no país.

Quem recebeu o acompanhamento diz que os resultados foram os melhores possíveis. ?O posto foi uma família para mim, me orientando em tudo, e isso fez a diferença?, conta a dona de casa Tânia de Souza, 28, mãe de Karolayne, de 4 meses.

Agentes comunitários
Além das melhorias nas condições de vida da população ? como aumento de escolaridade e renda das mães ?, o secretário destacou a prioridade que a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) da capital deu à temática, com incentivos e bonificações aos agentes de saúde que acompanham as novas mães.

?Temos a oportunidade de reduzir a mortalidade das crianças com até 28 dias, por isso o estímulo aos agentes comunitários, que detectam problemas precocemente?, pontuou.

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