O biólogo brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, que reproduziu o comportamento dos neurônios de crianças autistas em um pires de laboratório, está próximo de atingir um passo crucial em seu trabalho.
Ao recriar neurônios a partir de células retiradas da pele de crianças com síndrome de autismo genética, o biólogo conseguiu identificar características da doença independentes do sintoma comportamental por meio da observação das células vivas em microscópios.
Segundo o autor do estudo, nas crianças com autismo, os neurônios tinham menos extensões para fazer ligação com células vizinhas, o que sugere que a técnica tenha potencial de diagnóstico e que pode auxiliar na criação de um possível tratamento.
É preciso cuidado, pois a droga usada no experimento, a IGF-1, altera os níveis de insulina no organismo e pode causar efeitos colaterais no sistema nervoso de pessoas sem a doença. Por isso, Muotri está elaborando testes com uma série de outras drogas em um sistema robótico de experimentação, como o usado por empresas farmacêuticas.

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