O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, acredita que a instituição poderá perder até R$ 14,6 bilhões com a empreiteira Odebrecht. Desse total de perdas potenciais, cerca de R$ 3,7 bilhões são relativos a empréstimos no exterior.

Em seu destaque principal nesta segunda-feira (30), o Estado de S.Paulo informa que a estimativa faz parte de um esforço para explicar uma suposta “caixa-preta” do banco, expressão utilizada pelo presidente Jair Bolsonaro para em referência à exportação de serviços a países em desenvolvimento.

Parte dessa possível perda ficará com o Tesouro Nacional que, conforme apurado pelo matutino paulista, deu garantia em empréstimos para outros países contratarem a empreiteira em obras de infraestrutura.

A Odebrecht, que chegou a pedir recuperação judicial, é o terceiro maior cliente do BNDES das duas últimas décadas. Segundo o Estadão, entre 2003 e 2018 foram liberados R$ 51,3 bilhões à empreiteira, em valores corrigidos pela inflação.

Montezano afirmou ao Estadão que o BNDES não deverá perder esse valor total das dívidas da empreiteira, porém evitou dizer o quanto conseguirá recuperar. O presidente do banco afirma que, “apesar das diversas investigações internas e externas, não há indícios de envolvimento do BNDES no esquema de corrupção”. “BNDES pode perder R$ 14 bi com créditos para a Odebrecht”, revela o título principal do Estadão.

Em seu título principal, O Globo informa que a força-tarefa da Lava Jato já recuperou R$ 1,837 bilhão em recursos desviados.  Esse valor foi devolvido por 221 investigados que aceitaram contar o que sabiam sobre as ramificações do esquema e ao longo do processo retornaram os valores aos cofres públicos.


Segundo o Globo, dez colaboradores são responsáveis por mais da metade desse montante. O jornal lembra que os delatores do Paraná e do Rio se comprometeram, desde que a operação se iniciou em 2014, a depositar R$3,1 bilhões, valor que deverá ser completado nos próximos anos.

Essas devoluções já ajudaram, por exemplo, a quitar dívidas como o décimo terceiro atrasado dos servidores públicos do Rio. “Lava Jato já obteve R$ 1,8 bi de delatores”, destaca a manchete do Globo.

Ainda em sua primeira página, o matutino carioca mostra que coordenadores de fiscalização do Ibama reclamaram à direção do órgão que militares da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), , decretada por Bolsonaro na Amazônia em agosto, negaram por três vezes apoio às ações.

Na reivindicação, esses coordenadores dizem que há, inclusive, ações para evitar a destruição de máquinas do garimpo ilegal.

O ministério da Defesa, pasta responsável por executar as ações de GLO, respondeu ao Globo que “a Operação Verde Brasil, por ser uma operação conjunta, demanda a execução de ações coordenadas entre as Forças (Armadas) e agências envolvidas” e que “as tomadas de decisões são sempre em conjuntos e os resultados são consolidados à medida em que são informados ao comando da missão”.

O Globo lembra que a GLO foi decretada por Bolsonaro em meio à pressão causada pelo aumento de queimadas na Amazônia. Na ordem presidencial, aproximadamente 8,1 mil militares foram acionados para combater os incêndios florestais e desmatamento na região.

Em seu texto principal, a Folha de S.Paulo informa que caiu o número de operações da Polícia Federal desde que a instituição passou a ser subordinada ao ministro Sérgio Moro. Segundo o matutino, foram realizadas 204 ações no primeiro semestre, menor número registrado desde 2014.

De acordo com o levantamento da Folha, o número mais alto de operações foi registrado no semestre anterior ao da estreia de Moro à frente do ministério da Justiça: 360 ações entre julho e dezembro de 2018, uma média de 1,9 por dia.

Conforme apurado pelo jornal, a média na produtividade da atual gestão só está à frente dos resultados obtidos no primeiro semestre de 2014, quando se iniciou a Lava Jato. O matutino ainda lembra que Bolsonaro se elegeu sob a promessa de combater com rigor crimes ligados à corrupção. “Sob comando de Moro, cai número de operações da PF”, destaca o texto principal da Folha.

 

Fonte: G1 ||
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