O presidente Jair Bolsonaro cancelou visita que faria à Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, nesta quarta-feira (27). Segundo o setor de inteligência da Presidência, Bolsonaro foi aconselhado a suspender a visita já que havia informação sobre um protesto no local.

No início da tarde, grupos favoráveis e contra Bolsonaro protestaram dentro e fora da universidade. Houve bate-boca entre os grupos. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), a entidade organizou o ato “Sou Mackenzista e não comemoro o golpe de 64!” para recepcionar Bolsonaro na universidade.

A informação sobre a visita de Bolsonaro ao Mackenzie foi dada na segunda-feira (25) pelo porta-voz Otávio do Rêgo Barros. O presidente também havia mencionado a visita em publicação em rede social na semana passada.

“Nos próximos dias estaremos na Universidade Mackenzie – SP, referência na pesquisa de grafeno no Brasil, juntamente com o Ministro de Ciência e Tecnologia”, disse Bolsonaro.

O objetivo da visita era acompanhar uma pesquisa sobre grafeno, que conduz eletricidade e calor melhor do que qualquer outro material e é o mais maleável que os cientistas conhecem. Segundo a Universidade Mackenzie, o material tem resistência 200 vezes superior à do aço. Bolsonaro é entusiasta do tema.

O Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) e Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) inauguraram em 2016 um centro de pesquisa avançada sobre grafeno, o MackGraphe, que busca investigar as propriedades do material e outros nanomateriais com aplicação na engenharia e na inovação tecnológica.

Viagem a São Paulo

Bolsonaro embarcou nesta quarta para São Paulo por volta das 12h. Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, ele deve passar por nova avaliação médica no Hospital Albert Einstein.

O presidente voltará ao hospital onde foi submetido a uma cirurgia em 28 de janeiro para retirar uma bolsa de colostomia e para ligar o intestino delgado a parte do intestino grosso.

Bolsonaro passou por três cirurgias e utilizou a bolsa de colostomia depois de sofrer ataque à faca na região abdominal, em setembro do ano passado, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

O ataque ao presidente é investigado pela Polícia Federal (PF). Adélio Bispo, que admitiu ter sido o autor da facada, está preso desde setembro do ano passado.

Em um inquérito, a PF chegou à conclusão de que Adélio agiu sozinho no momento da facada. Em um outro inquérito, a Polícia Federal investiga quem paga a defesa do agressor.

 

Fonte: G1||

COMPATILHAR: