Durante uma conversa rápida conversa com jornalistas na manhã dessa sexta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro preferiu não comentar a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. “Deixa as investigações continuarem”, disse Bolsonaro.

Marcelo Álvaro Antônio é investigado por envolvimento no caso de supostas candidaturas de “laranjas” nas eleições de 2018 em Minas Gerais, quando era presidente estadual do PSL. Uma filiada ao partido, Zuleide Oliveira, afirmou deveria devolver ao PSL a maior parte da verba recebida por meio do fundo partidário. O ministro negou a acusação e disse que Zuleide “mente descaradamente” (veja nota na íntegra abaixo).

Na quarta-feira (6), o ministro do Turismo recorreu da decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou o pedido para que a investigação da Procuradoria Regional Eleitoral sobre o caso fosse encaminhada à Suprema Corte. Para Fux, as apurações devem continuar fora da Corte, já que as novas regras do foro definem que só cabe ao STF julgar crimes cometidos no exercício do mandato e em função do cargo.

Os advogados de Álvaro Antônio alegam que, como os supostos delitos teriam sido cometidos durante as eleições de 2018, enquanto o ministro exercia o cargo de deputado federal, para o qual foi reeleito, a competência sobre o caso é da Suprema Corte. Por isso, pedem a Fux que reconsidere sua decisão ou envie o recurso apresentado ao plenário do STF.

“Num estado de direito, nada mais natural, que haver uma investigação e um processo antes das pessoas serem condenadas. O ministro do Turismo, voluntariamente, pediu para ser ouvido pelo MP e PF. Ele quer entregar evidências que comprovam que sempre agiu conforme a lei e está sendo alvo de uma ação coordenada de adversários que se uniram à Folha de S.Paulo para tentar derrubar um ministro de Estado.

As acusações de Zuleide são completamente mentirosas. A verdade vai aparecer com a investigação do Ministério Público e da Polícia Federal. A Justiça vai prevalecer. O ministro aproveita para esclarecer que, desde o início foi contra, o pedido para o processo judicial subir ao STF, mas o advogado alegou que, na primeira instância ele poderia ser contaminado. Após a decisão do ministro Fux, novo recurso foi impetrado pela defesa sem autorização do ministro, que tomou conhecimento pela mídia e imediatamente determinou que ele fosse anulado”.

 

Fonte: Hoje em Dia||

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