O presidente Jair Bolsonaro completou nessa terça-feira (5) trezentos dias de governo e fez um balanço desse período em uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.

Em seu discurso, Bolsonaro citou resultados da última viagem a países da Ásia, frisando que o mundo está de olho no Brasil.

“O mundo está de olho em nós, nós estamos recuperando a confiança, e isso é primordial, quando passamos agora [pelos países asiáticos]. Como é duro você ser recebido em outros países com o manto da desconfiança. Isso acabou”, afirmou o presidente, lembrando do anúncio de investimento no Brasil da Arábia Saudita.

O presidente também disse que seu governo é democrático. “Nós sabemos que infelizmente aqui no Brasil existem alguns maus brasileiros que ficam o tempo todo maquinando como chegar ao poder e não interessa porque meios. Não podemos admitir isso. O meu governo eu duvido que não seja um dos mais democráticos dos últimos anos, afinal de contas, eu nunca falei em controle social da mídia, eu nunca falei que a internet deve ser domada”.

Bolsonaro elogiou a equipe de governo e disse que é apenas o técnico do time e agradeceu o apoio do Congresso.

Durante a cerimônia, o presidente assinou sete atos, entre eles a medida provisória que acaba com o monopólio da Casa da Moeda para a fabricação de papel moeda, cadernetas de passaporte e selos fiscais.

Bolsonaro também assinou na cerimônia o projeto de lei que autoriza a privatização da Eletrobras.

A Eletrobras é a maior empresa de geração e transmissão de energia elétrica do país. O ex-presidente Michel Temer chegou a propor a privatização da estatal, em 2018, preservando o poder de veto ao governo, mas o projeto não avançou.
Bolsonaro decidiu marcar os 300 dias de governo dando a largada no projeto de desestatização, começando pela Eletrobras.

O projeto estabelece a venda da estatal pelo sistema de emissão de ações. O governo pretende abrir mão do poder do poder de vetar decisões, e nenhum acionista poderá ter mais de 10 por cento do poder de voto.

A expectativa é que a estatal seja privatizada por cerca de R$28 bilhões. O governo federal deverá ficar com R$16,2 bilhões, que já estão na previsão do orçamento do ano que vem.

No discurso, o presidente voltou a criticar as reportagens sobre o depoimento do porteiro na investigação no caso Marielle. Disse que elas são uma tentativa de envolvê-lo no crime embora as reportagens tenham deixado sempre claro que ele estava em Brasília no dia do assassinato.

 

Fonte: G1 ||
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