O presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa terça-feira (14) que “fake news faz parte da nossa vida”. A declaração ocorreu durante solenidade de entrega do Prêmio Marechal Rondon de Comunicações, no Palácio do Planalto, enquanto o mandatário indiretamente defendia a MP das redes sociais. 

Ele ainda comparou a prática de disparo de notícias enganosas com ‘mentir para a namorada’. “A internet é um sucesso. Lembrando da Rede Globo, Chacrinha: “Quem não se comunica, se estrumbica”. Agora, tem que comunicar bem. Se comunicar mal, não tem futuro. Fake news faz parte da nossa vida. Quem nunca contou uma mentirinha para a sua namorada? Se não contasse, a noite não ia acabar bem. Eu nunca menti para a dona Michelle”, riu.

Ao contrário do fenômeno de alto compartilhamento de notícias falsas, o presidente alegou que “hoje em dia, fake news morre por si só”. “Não vai para a frente. Eu que mais sofro com fake news, não é isso mesmo? Sim, se for levar em conta o que se fala do presidente nas mídias sociais, eu duvido quem apanha mais que eu. Mas em nenhum momento recorri ao Judiciário para tentar reparar isso porque eu entendo também que fake news é quase como um apelido. Se botar um apelido no (ministro da Saúde, Marcelo) Queiroga e ele ficar chateado, vai pegar o apelido. Cai por si só”, acrescentou.

Marco Civil da Internet

Por fim, defendeu que não é necessária a regularização da internet. “Não precisamos regularizar isso aí. Deixemos o povo à vontade. Obviamente, quando se vai para pedofilia e outras coisas mais, aí não tem cabimento. Isso não é fake news, isso é crime.

E as comunicações representam a liberdade. Muitas vezes erramos. Quem nunca errou, né, no palavreado. Às vezes, custa caro para a gente, mas é melhor viver assim como a imprensa, em liberdade, do que não ter liberdade. Realmente não tem fronteira nas comunicações”, concluiu.

No último dia 6, Bolsonaro assinou uma MP que altera alguns dispositivos da lei sobre o Marco Civil da Internet dificultando a remoção de perfis digitais por ataques à democracia sobre críticas no Congresso. 

Fonte: Estado de Minas

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