O Corpo de Bombeiros retoma nesta quarta-feira (12) as buscas pelas 11 pessoas que ainda estão desaparecidas após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. As buscas foram interrompidas por causa da pandemia pelo novo coronavírus.

De acordo com o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, os trabalhos de retomada das buscas serão feitos com 50 militares que se revezam e trabalham todos os dias da semana. 

“É uma operação que acontece de segunda a segunda. Estamos fazendo a retomada utilizando todos os protocolos de segurança. Foi desenhado um protocolo específico para a gente atuar aqui”, contou o tenente. Segundo ele, todos os bombeiros que participam da operação são testados para o coronavírus antes e depois de participarem das buscas. 

Ainda segundo o tenente, as buscas se concentram na área do Terminal de Cargas Ferroviárias a partir de quatro estruturas de buscas que visam alcançar a maior área de rejeitos possível. 

“Uma das grandes dificuldades do momento é que tivemos que redesenhar todos os nossos processos para poder garantir a nossa atuação resguardando a segurança dos nossos militares. Então a formatação da nossa equipe, dos alojamentos e dos refeitórios mudou para conter a disseminação do coronavírus. E a outra questão considerando que é uma operação com mais de dois anos de atuação, a gente continua enfrentando dificuldades que continuam sendo a quantidade de rejeitos a ser vistoriado. A gente lida também com a degradação e decomposição desses restos mortais”, explicou. 

Aihara destacou que no período em que as buscas estavam paralisadas, os trabalhos de inteligência e de logística continuaram. Segundo ele, apesar da operação longa, os bombeiros seguem motivados nas buscas. 

“A principal motivação é se colocar nesses familiares que esperam os restos mortais de seus parentes. As buscas só vão encerrar quando se esgotarem todas as possibilidades de trabalho. É uma operação desafiadora em relação a área e a quantidade de rejeitos, mas estamos trabalhando com a mesma motivação do primeiro dia, por que estamos com muita vontade de atender essas famílias”, concluiu.

Fonte: O Tempo

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