As eleições municipais de 2012 vão eleger entre 3.000 e 8.000 vereadores a mais em relação ao pleito realizado há quatro anos. Os dados fazem parte do resultado de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em 87,7% das 2.153 cidades que já decidiram pelo aumento no número de vereadores.
O acréscimo de cadeiras nas Câmaras será possível devido à aprovação da emenda constitucional 58, em setembro de 2009, que estabelece o número máximo de vereadores de acordo com a população de cada município apurada pelo Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foram criadas 24 faixas para definir a quantidade de vereadores: os municípios com até 15 mil habitantes podem ter até nove cadeiras, enquanto os municípios com mais de 8 milhões de moradores podem ter até 55. O aumento de vagas não é obrigatório e precisa ser decidido pela própria Câmara.
Apesar do acréscimo de cadeiras no país, os percentuais máximos das receitas que os municípios podem repassar aos Legislativos foram reduzidos.
Um das cidades que já decidiram pelo aumento de vereadores foi Maceió (AL): das atuais 21 vagas para 31 em 2013, número máximo permitido para o município. Para conter gastos, o atual presidente da Casa propôs aos vereadores congelarem seus salários ou reduzirem o número de cargos comissionados de 17 para dez.
Argumentos. Entre as justificativas apresentadas pelos que defendem o aumento de parlamentares está a de maior representatividade da população. No entanto, em algumas cidades, a pressão popular contra a emenda tem feito com que a proposta não seja adotada.
Um exemplo é a pequena Arapoti (PR), cidade de 26 mil habitantes localizada a 253 km da capital Curitiba. A Câmara teria direito a 11 novas cadeiras, mas manterá as atuais nove vagas pelo menos até 2016.

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