O Brasil subiu cinco posições no ranking mundial de competitividade, passando do 58º lugar para o 53º, entre 142 países. O levantamento, divulgado ontem Fórum Econômico Mundial, mostra que, entre o Brics, o Brasil ultrapassou a Índia, que ocupa 56ª posição, e a Rússia, na 66ª. Mas ainda está atrás da China, na 26ª colocação, e a África do Sul, na 50ª.
Brics é a sigla para o conjunto de países emergentes formada pelas primeiras letras de Brasil, Rússia, Índia e China, além da África do Sul.
A pesquisa, que no Brasil é conduzida pela Fundação Dom Cabral, serve como base para de análise e comparação da estrutura de competitividade oferecida pelos países. Ela combina uma série de quesitos econômicos e a opinião de empresários. No Brasil foram ouvidas 200 pessoas e, no mundo, 12 mil.
Divulgado anualmente, o ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial analisa 12 quesitos: infraestrutura, ambiente macroeco-nômico, saúde e educação primária, educação de nível superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, sofisticação do mercado financeiro, preparo tecnológico, tamanho do mercado, sofisticação empresarial e inovação.
O coordenador da pesquisa pela Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, explica que o Brasil avançou por melhorias específicas, como o bom desempenho na eficiência do mercado de trabalho, no qual o país saltou do 96º para o 83º lugar. E na eficiência do no mercado financeiro, em que passou de 50º para 43º.
Outro pilar que teve forte influência no resultado brasileiro foi o de eficiência das instituições. Nesse quesito, a mudança foi do 93º para 77º lugar. Arruda afirma, porém, que ainda estamos longe da ideal. ?Subimos nesses quesitos, mas eles são básicos e ainda não são bons resultados?, disse.
Segundo Arruda, no quesito ?instituições? são avaliados fatores como marco regu-latório, corrupção e transparência dos governos. ?O fato mais importante analisado nesse quesito é o uso do dinheiro público. E a pesquisa mostrou que nele o Brasil está entre os piores do mundo?, disse.
Outro ponto básicos no qual o país ainda deixa a desejar é a estabilidade macroe-conômica, na qual o país ocupa a 115º posição, enquanto no ano passado estava em 111º. Entra nessa lista também a educação básica e saúde, na qual o Brasil se mantém na 87ª colocação desde o ano passado.
Segundo Arruda, se o país conseguisse melhorar sua posição nos pilares básicos ele conseguiria passar para, pelo menos, o 40º lugar geral da lista de competitividade. ?Enquanto não resolvermos estas questões básicas não há condições de alcançarmos um crescimento sustentável. Esse é um dos motivos que nos faz ficar atrás dos outros dois países dos Brics?, diz.
A Suíça continua na liderança do ranking de competitividade. Cingapura superou a Suécia e ficou com o segundo lugar. Em seguida, aparecem a Finlândia, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Japão e Reino Unido.

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