O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que o governo precisa de uma fotografia mensal do emprego formal em todo o país, para orientar as políticas públicas da área. Lupi disse que, para isso, o Ministério do Trabalho criará até o final do ano a Taxa de Emprego Real, que vai revelar esse cenário e contribuir para as decisões relacionadas a seguro-desemprego e à qualificação do trabalhador, por exemplo.
A composição do novo índice, que ainda está em fase de estudo, vai considerar informações que já existem no banco de dados do ministério. Uma das fontes será o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com informações sobre admissões e demissões, fornecidas, mensalmente, por mais de 7,3 milhões de empresas. A taxa também vai considerar dados das 3.000 agências de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Do cruzamento dessas informações vamos ter uma taxa de desemprego formal real, saber quem está procurando emprego, que tipo de emprego está faltando, qual está surgindo, quem tem qualificação, onde está faltando qualificação e o que o trabalhador busca, disse o ministro.
Para Lupi, o novo índice não se chocará com a taxa de desocupação divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IBGE trabalha com pesquisas e nós trabalhamos com dados da fotografia real de todo o Brasil. O IBGE trabalha com regiões metropolitanas. Esse dado (Taxa de Emprego Real) vai dar uma fotografia das 27 unidades da Federação, destacou. São questões diferentes, dados diferentes e momentos diferentes, ponderou.
O IBGE tem a intenção de ampliar o levantamento sobre a taxa de desocupação e deve tornar o índice nacional, com divulgação trimestral. Mensalmente, seriam divulgados os números das capitais.

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