Uma brasileira de 23 anos morreu, após ter atendimento médico negado em Londres, na Inglaterra, poucos dias depois de ter chegado ao país com visto de turista.
A brasileira chegou em Londres em 16 de junho do ano passado. Três dias após sua chegada, ela sentia muitas dores nas pernas. Ao ser levada por uma amiga a um hospital local, a jovem teve atendimento médico negado, sob alegação de que não era britânica.

De acordo com o Ministério da Saúde britânico, a legislação do país estabelece que os clínicos gerais do sistema público de saúde podem atender gratuitamente os pacientes com visto de turista, mas eles não são obrigados a fazer isso. Se optarem por não prestar atendimento gratuito, devem, pelo menos, oferecer ao paciente a possibilidade de pagar pelo tratamento, esclareceu o ministério.

No entanto, não foi o que aconteceu com a brasileira. Segundo a amiga que a acompanhou ao hospital, a recepcionista não só negou o atendimento como disse que não sabia onde ela poderia ser atendida. Ela voltou para casa com a amiga, onde foi tratada com pomadas para a perna e remédios para dor por duas semanas.
Em uma manhã, a jovem acordou com a pele amarelada. Sua amiga resolveu pedir ajuda para sua mãe, que ligou para uma ambulância. Antes que o socorro chegasse a jovem teve o primeiro ataque cardíaco.

Ao chegar ao hospital, ela recebeu um marca-passo, que não evitou outros dois ataques cardíacos, levando-a ao estágio de coma por 20 dias. A mãe da brasileira chegou a ir para Londres, mas quando foi ao hospital, sua filha havia morrido.
Sem recursos para transportar o corpo de Londres para o Brasil, a mãe da brasileira optou por enterrar o corpo da filha em um cemitério da cidade inglesa. As despesas, avaliadas em R$14,8 mil, foram pagas pela comunidade brasileira no país.

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